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terça-feira, 18 de outubro de 2011

Completude

Como é bom ter alguém digno de nossos pensamentos e suspiros.
Como é bom ter alguém em nossa mente ao amanhecer e ao anoitecer, no fim da noite quando fazemos nossas orações e agradecimentos, poder agradecer a compania sincera de alguém que nos faz FELIZ.

Felicidade em

estar junto, mesmo que adormecidos um ao lado do outro.
Apesar de não gostar muito de Paulo Coelho faço das palavras dele as minhas:
"... Os encontros mais importamtes ja foram combinados pelas almas antes mesmo que os corpos se vejam..."
É exatamente isso que sinto...Completude!

Tenho saudades de Ti! Saudades do que vive e saudades do que ainda não vivi!
Loucura? Talvez!
Incoerência? Não! Pois sigo apenas o que meu coração sente, faço o que meu corpo pede, o que naturalmente se transforma em gestos, em atos, em declarações... Como uma dança da alma.
Me declaro, como nunca, porque sinto o que antes talvez já tenha sentido fragmentadamente, mais jamais em tamanha "inteireza", em um mesmo momento, em um mesmo espaço e por uma mesma pessoa.

Companherismo sem julgamento, com cuidado, com zelo, com amor, com doçura e com muita delicadeza.
Declaro minha felicidade momentanêa. Torcendo para que ela "Seja Eterna Enquanto Dure" e pedindo ao Universo que se esse for nosso plano de desenvolvimento "Que Dure para sempre".
Aprendi de tanto caminhar sozinha que sozinha se vai mais rápido, mas que junto e com amor se vai mais longe e assim, LONGE, contigo na compania do amor e do respeito, QUERO IR.

Sempre fiz de meus fracassos ensamentos e aprendizagens. Hoje faço da minha felicidade palavras, e dedico a ti, já de antemão agradecendo as cores que jogastes atenciosamente eu meu jardim.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Do Filme "Irmãos de Sangue"





– “Não tens sabido o que tu és, tens cochilado sobre ti mesmo toda tua vida, Tuas pálpebras têm ficado como que fechadas a maior parte do tempo, O que tens feito já retorna em zombarias, As zombarias não são tu, Sob elas e dentro delas vejo que tu espreitas”.
– De quem é isso?
– Walt Whitman.
– Eu acho que nunca imaginei isso ser recitado pra mim por uma moça segurando um bagre de 20 quilos…
– É exatamente como ele deve ser recitado. Ele escreveu sem rima, nem métrica. Versos livres… Aquilo que ele sentia no ritmo próprio e complexo. Paixão pura desenvergonhada. Sem restrições definidas, entende?
– Olha, me perdoa. Mas eu tenho algumas divergências…
– Por que?
– Porque houve quem ousasse sugerir que até a poesia tem suas regras.
– Ou faz suas próprias…
– Pois é… É aí a parte em que não endosso…
– Por que?
– Porque se todos sairmos criando nossas próprias regras, como você poderia saber onde está a verdade? Não há nada no que se basear.
– “Uma noite, rompi minha pele de cigarra, devorei suas folhas sem conhecer venenos nem leis da nutrição, Nessa cegueira laval, uma fome finalmente verdadeira”.
– Uau… E de quem é essa?
– É de minha autoria. Talvez a verdade esteja na nossa frente e vamos ao encontro dela sem ao menos saber que está lá. Quando você achar que está tudo resolvido, o que restará? Absolutamente nada. Então eu me resolvi assim, não obedecendo à todas as regras. Pescando bagres com as mãos.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

"Projeto Gente Legal" - " Era mais uma vez outra vez"

Fonte: www.grupoato.com.br



"Projeto Gente Legal"

Em 2007, a OAB SP - Bauru e o Grupo Ato iniciavam uma importante parceria com intuito de realizar temporadas teatrais no auditório da entidade, para promover cultura, formação de platéia e entretenimento para o público de Bauru e Região.
Paralelo a está ação foi criado o Projeto Gente Legal, idealizado por Elisabete Benetti atriz do Grupo Ato, que tem como objetivo, estender a arte para além do palco e integrá-la ao cotidiano de crianças, adolescentes e educadores, na tentativa de ampliar a maneira de entender e perceber o mundo.

Inicialmente com as crianças do “Projeto Girassol”, do núcleo Fortunato Rocha Lima em Bauru. As crianças receberam acompanhamento semanal, que incluía a discussão dos espetáculos, atividades de criação, improvisação e jogos teatrais. “A ida ao teatro todo domingo e o estímulo semanal dos encontros proporcionaram um rico momento de improvisação coletiva”.

O resultado, desta primeira etapa, foi o espetáculo, “Sonho da Mata”, escrito por uma das crianças e desenvolvido pelas outras. Ao todo foram 50, com idade entre 8 e 10 anos. A iniciativa proporcionou uma temporada no Auditório da OAB SP - Bauru, aberta ao publico.

Em 2009, o Gente Legal expandiu para 14 instituições.
Com as apresentações todos os domingos do musical “A Canção de Assis”, os inscritos no projeto perceberam o objetivo maior do espetáculo, “não estamos sós”, acompanhavam todo o processo de montagem do espetáculo e participavam de um bate-papo com o elenco, após as sessões, além de oficinas de integração de grupo, jogos dramáticos, expressão corporal, preparação vocal, iluminação teatral e criação de figurino. Todas as atividades com o intuito de auxiliar os educadores com seus grupos, um momento de descobertas.

O resultado desta segunda etapa foi em forma de obra de arte: os 14 grupos representantes de suas instituições se apresentaram no Auditório da OAB, com entrada franca para toda comunidade de Bauru e região.

Terceira etapa, em 2010, com a montagem do espetáculo “Alice no País das Maravilhas”, fundamentamos ainda mais o projeto. Com a apresentação da peça todos os domingos, durante 5 meses, mais de 800 crianças entre elas jovens e educadores, compartilharam suas pesquisas com o Grupo Ato. Um verdadeiro celeiro de “Alices”. Quem somos nós?

Nesta quarta etapa, a proposta de trabalho prioriza maior comprometimento dos educadores em aprofundar as ações até então realizadas.

O espetáculo “Era mais uma vez outra vez” estreia em 2 de outubro, e será o eixo central das ações artísticas e educativas. Propõe aos grupos que se permitam, façam a “sua” maneira. No primeiro semestre o trabalho com os educadores se desenvolve através de dois encontros mensais: worshops, de conteúdo artístico e técnico para subsidiar as ações, e encontros de educadores com caráter formativo e reflexivo.

domingo, 25 de setembro de 2011

Oração á Gaia


“Abençoado seja o Filho da Luz

que conhece sua Mãe Terra,

pois é ela a doadora da vida.
Saibas que a sua Mãe Terra está em ti e tu estás Nela.
Foi Ela quem te gerou e que te deu a vida
E te deu este corpo que um dia tu lhe devolvas.

Saibas que o sangue que corre nas tuas veias
Nasceu do sangue da tua Mãe Terra,
o sangue Dela cai das nuvens, jorra do ventre Dela
borbulha nos riachos das montanhas
flui abundantemente nos rios das planícies.

Saibas que o ar que respiras nasce da respiração da tua Mãe Terra,
o alento Dela é o azul celeste das alturas do céu
e os sussurros das folhas da floresta.

Saibas que a dureza dos teus ossos foi criada dos ossos de tua Mãe Terra.
Saibas que a maciez da tua carne nasceu da carne de tua Mãe Terra.
A luz dos teus olhos, o alcance dos teus ouvidos
nasceram das cores e dos sons da tua Mãe Terra
que te rodeiam feito às ondas do mar cercando o peixinho.

Como o ar tremelicante sustenta o pássaro
em verdade te digo, tu és um com tua Mãe Terra
ela está em ti e tu estás Nela.
Dela tu nasceste, Nela tu vives e para Ela voltará novamente.

Segue, portanto, as Suas leis
pois teu alento é o alento Dela.
Teu sangue o sangue Dela.
Teus ossos os ossos Dela.
Tua carne a carne Dela.
Teus olhos e teus ouvidos são Dela também.

Aquele que encontra a paz na sua Mãe Terra
não morrerá jamais,
conhece esta paz na tua mente
deseja esta paz ao teu coração
realiza esta paz com o teu corpo.”

Evangelho dos Essênios

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

...



Olho-te nos olhos e você diz que adora meu olhar!
Olho nos teus olhos e te digo que eles não quero jamais deixar de admirar.
Você diz que te desafio sem palavras e que te faz gostar.
Digo-te que me inspira os cinco sentidos de uma única vez e me faz delirar.
A saudade bate no primeiro passo que me distancio.
Cada respiração ao seu lado traz o peso leve dos dias longos da espera.
Saudades, saudades que a ti pronuncio.
Lembranças auditivas, olfativas,visuais de toques e de gostos!
Se desafio quando olhe-te não sei bem ao certo.
Mas desafio maior e não ter você aqui agora por bem perto.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Somente o Coração está no PRESENTE!

Com base no PDC de Permacultura e no conhecimento docemente e fortemente transmitido por Skye Riquelme, (segundo o mesmo com base nos principios de Ken Wilder)
.....
O que difere os seres humanos dos animais é a capacidade de apreender, mas para apreender estamos de certa forma “voltando ao passado”, afinal todo conhecimento parte de experiências passadas. Isto é muito bom! Mas se torna ruim quando passa ser um empecilho e nos impede de ser criativo e gerar um novo conceito.
Todos os grandes descobrimentos não vêm do método científico. Todo método científico tem o poder de melhorar muitas coisas. Mas muito pouco de criar!
A aprendizagem não é um processo individual é um processo coletivo.
Quando nos conectamos com o novo á partir de uma nova forma de ser, muitas vezes temos a nossa percepção corrompida pela preocupação em responder e se posicionar, até que em um determinado momento passamos a nos preocupar prioritariamente com as idéias que nos é transmitida. Abrimo-nos então para o novo. Assim a nossa mente que reinava no passado pode á partir da empatia (gerada pelo amor) ir para o presente.
Nossa mente só existe no passado. Somente o coração existe no presente. Á partir dele (coração) podemos ter perceber novas informações, intuições, inspirações e levemente perceber o futuro.

domingo, 3 de julho de 2011

Lótus



Lótus..
Como sempre a mente evoluída de Elio Andreoti surpreende até mesmo os envolvidos no processo... Com fé nas junções dos fragmentos, as cenas criadas de forma fragmentada ao unidas causa “efeito participativo”(aquele que público sente) nos adeptos á aprendizagem do universo cênico: Grupo Solar. Mas uma vez me sinto assim: público e atriz em um único e inesquecível momento!
Chegada, Vento, Água, Terra, Sentidos, Éter, Alma, Mata, Natureza, Fogo, Partida...Espiral!

Fruta Cósmica com Agridoce em Marília 01-07-2011/ Caipira Bruto




Fruta Cósmica com Agridoce em Marília na 4 Noite fora do Eixo... Caipira Bruto!

Foi assim...indicados por Marina Correa, convidados por Gabriel Coiso partimos pra Marília City: Eu (Taty Beija Flor) Dirigindo, Li Barbosa de co-piloto e Rafael Maia no banco de trás (bem ao meio para ver a estrada)... No caminho os assuntos do dia-a-dia e a ansiedade evidente de Rafael: "Quanto tempo demora para passar 40 KM?". Bem próximo á Marilia, colocamos o CD da trilha sonora de nossa performance e fomos discutindo e até mesmo alterando algumas ações.
Ao chegarmos na cidade fomos recepcionados por Gabriel Coiso, Marina Correa e Janína e assim seguimos sentido ao Bar Cão Pererê... Fomos mega-bem recepcionados! Nossa que lugar diferente, uma decoração autêntica, tudo muito bonito e único!
Subimos no andar de cima (Não dá para subir no porão, mas tudo bem rs) e assistimos o ensaio das bandas! No intervalo aproveitamos para tirar fotos diferentes, naquele local diferente! Fomos ao posto de gasolina e lá tomamos um café, conversamos com uma caixa mega-simpática e compramos um jornal o qual falava da ida do grupo Fruta Cósmica a Marília e da história recente de sua composição (foi muito legal ver isso).
Perdidos no meio da boa receptividade do pessoal de Marília, da aparência autentica do bar e som original que a banda Caboutchan fazia, nos perdemos e já era a hora de apresentar e não estávamos prontos... Correria, Ajuda (de Marina e Janína) e ainda mudança de planos, o melhor local para fazer a cena passa ser o espaço de baixo próximo ao bar... Todos arrumados, Rafael com seu corpo todo pintado (Marina e Janína também com parte de seu corpo pintado rs) a primeira música da trilha foi posta e Rafael sobe as escadas do "camarim improvisado"(O Porão mágico do bar) em dez segundos o silêncio foi pairando e agora quem subia era Li Barbosa e por fim eu, Taty Beija Flor.
Sentia a presença do público por todos os lados, principalmente nas costas, já que o pessoal da rua também se aglomerou para ver a cena, impressionante a troca de energias e de sensações instantâneas, sem palavras, sem nenhuma palavra, "apenas com gestos"e ao final da cena, impulsionada pela trilha de Moby (que aliás recebeu um grito eufórico de um observador de fora do bar. MOOOOBYY CARAAA!) o olhar á todos os presentes.
Encerrada a cena ao sair do porão, tive fedback muito interessantes, diziam que a surpresa com o silêncio do público havia sido algo inédito, elogiavam até mesmo o figurino diante do frio que fazia e até mesmo o elogio de alguém que pontuava não gostar de teatro, todos que por nós passava fazia alguma colocaçào á respeito, a indiferença era excluída.
Teve um fato ainda o qual seria comico se não fosse trágico (rsrsrs), Rafael com seu corpo todo pintado necessitava de um banho e autorizado por Dú foi tomar o banho no próprio bar, no banheiro das meninas, acompanhado por gritos e batidas na porta, (pelas garotas que queriam utilizar o banheiro) até que cai a energia do bar e é informado de que teria que encerrar seu banho e assim molhado e P da vida nosso querido parceiro sai do bar e de forma extremamente amigável nosso idolo André saí de trás do balcão oferece sua casa e acompanha nosso amigo Rafael que volta para o bar calmo e sem tinta preta no corpo.
Assim partcipamos da entrevista para youtube feita por Dú e ainda ouvindo o som "alconcur" da banda Lisabi, fechando a noite de forma digna e coerente de um evento planejado e organizado por Caipira Bruto.

Marilia que Maravilha, Receprocidade e Boas Companias !
Queremos Voltar! É Só Chamar

domingo, 19 de junho de 2011

Clarice está em mim e um dia também sairá de mim!

Porque eu me imaginava mais forte. Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões, é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil. É porque eu não quis o amor solene, sem compreender que a solenidade ritualiza a incompreensão e a transforma em oferenda. E é também porque sempre fui de brigar muito, meu modo é brigando. É porque sempre tento chegar pelo meu modo. É porque ainda não sei ceder. É porque no fundo eu queria amar o que eu amaria - e não o que é. É também porque eu me ofendo a toa. É porque talvez eu precise que me digam com brutalidade, pois sou muito teimosa. É porque sou muito possessiva e então me foi perguntado com alguma ironia se eu também queria o rato para mim. Talvez eu me ache delicada demais apenas porque não cometi os meus crimes. Só porque contive os meus crimes, eu me acho de amor inocente. Talvez eu tenha que chamar de “mundo” esse meu modo de ser um pouco de tudo. Eu, que sem nem ao menos ter me percorrido toda, já escolhi amar o meu contrário (…). Eu que jamais me habituarei a mim, estava querendo que o mundo não me escandalizasse. Porque eu, que de mim só consegui foi me submeter a mim mesma, pois sou tão mais inexorável do que eu, eu estava querendo me compensar de mim mesma com uma terra menos violenta que eu.

(Clarice Lispector - do Livro: Felicidade Clandestina)

domingo, 12 de junho de 2011

O Futuro setornou--- de Octavio Paz

"O futuro se tornou a região do horror, e o presente se converteu num deserto. As sociedades liberais giram, giram, mas não avançam, só se repetem. Se mudam, mas não se transfiguram. O hedonismo do Ocidente é a outra face do seu desespero; O lugar vazio deixado pelo cristianismo nas almas modernas não foi ocupado pela filosofia, mas pelas superstições grosseiras. Nosso erotismo é uma técnica, não uma arte ou uma paixão."



Sobre o autor: Octavio Paz

Octávio Paz Lozano foi um poeta mexicano, nascido na Cidade do México, em 1914, e faleceu em 1998. Foi notabilizado por seu trabalho prático e teórico no campo da poesia moderna ou de vanguarda. Recebeu o Nobel de Literatura de 1990 , é considerado um dos maiores escritores do século XX e um dos grandes poetas hispânicos de todos os tempos

Fonte: http://www.tvcultura.com.br/provocacoes/poemas?search=Octavio+Paz&by=author

Autoconhecimento, as doenças ou a saúde?


O autoconhecimento é um caminho que nos aproxima do existencialismo, quanto mais percebemos quem somos, mais nos sentimentos responsáveis por TUDO que vivenciamos e assim buscamos o nosso aperfeiçoamento.
É impressionante como na vida podemos ser o nosso melhor amigo, tal como o nosso maior inimigo, tudo depende de como lidamos com o que nos acontece, afinal o problema não é o problema, mas a forma com que reagimos a ele.
“Esquece todas as ofensas que te façam, ainda mais, esforça-te por pensar o melhor possível do teu maior inimigo. Tua alma é um templo que não deve ser profanado pelo ódio.” (Paracelsos)
Porque esperamos que a nossa “cura” que nossa “libertação”venha do outro?
O próprio Jesus Cristo, dizia: “Levanta-te e anda.” Era como se dissesse a cada um de nós que a força e a vontade está em nós mesmos e que ele era “apenas”a imagem refletida em si mesmo de que toda forma de superação é possível, desde que entendamos o nosso papel aqui e que escolhamos o que queremos.
Pensando nessa forma existencial de ver a vida, passamos a questionar as doenças e fatalidades e então percebemos que muitas doenças partem de nossa forma de viver e que na maioria das vezes também ignoramos as mesmas como reações as nossas atitudes, um exemplo disso é a solução dos orientais para prisão de ventre: “arrume o guarda roupa, jogue (ou destine á outros) tudo que não lhe serve e seu corpo reagirá da mesma maneira.”
Complexo? Claro!
Outro foco da questão das doenças e fatalidades é que todos ao nascermos, sabemos que morreremos e afinal se temos uma alma imortal, qual é a minha programação e a minha missão para essa vida? O que realmente é melhor para minha forma de SER?
Nesse sentido começamos a refletir as formas de tratamento e medicina que escolhemos para “curar-nos”, e já nascemos apresentados medicina tradicional, com suas fórmulas alopáticas que tem a ênfase de tratar de nossas doenças e não necessariamente promover a nossa saúde.
A medicina tradicional lida especificamente com o nosso corpo material, físico, e cabe aqui uma ressalva de que essa fragmentação Cartesiana e Newtoniana serviu lá atrás como uma estratégia para que pudessem numa época que tudo era desvendado e sanado unicamente pela religião, buscar outras vias através de estudos e que para isso separam a alma (que ficava ligada a religião) do corpo físico (que passará a ser estudado pela ciência).
E nos dias atuais como lidar com as doenças, Sai Baba, pontuou sobre 2012:


“A sociedade está mais iluminada. Isto é o que está acontecendo. E isto faz com que muitas pessoas que lêem estas afirmações as considerem loucura.
Percebeu que hoje em dia as mentiras e ilusões são percebidas cada vez mais rapidamente? Bom, também está mais rápido alcançar o entendimento de Deus e compreender a forma como a vida se organiza.
Esta nova vibração do planeta tem tornado as pessoas nervosas, depressivas e doentes. Isto porque, para poder receber mais luz, as pessoas precisam mudar física e mentalmente. Devem organizar seus quartos de despejo, porque sua consciência cada dia receberá mais luz. E por mais que desejem evitar, precisarão arregaçar as mangas e começar a limpeza, ou terão que viver no meio da sujeira.”

A conexão está feita, a amplitude dos problemas só podem ser interpretados se analisados holisticamente:
“Um sistema de medicina que ignore a existência do ser espiritual está incompleto porque os tecidos que constituem o nosso corpo físico, são sustentados não apenas por oxigênio, glicose e nutrientes químicos, mas também por energias vibracionais superiores que conferem a vida expressão criativa do corpo físico.” (Fisioterapeutas: Dra Ana Maria Barbosa Pagani e Dr. Lauro Pereira Pagani)
Como tratar, por exemplo, o órgão estômago através da matéria unicamente se este não digere apenas alimentos, mas emoções, sensações e sentimentos?
“Estes singulares sistemas de energia são afetados em seu equilíbrio pelas emoções pela mente e também por fatores ambientais e nutricionais. A conexão invisível entre o corpo físico e as forças sutis do espírito detém a chave da compreensão dos relacionamentos internos entre matéria e energia” (Fisioterapeutas: Dra Ana Maria Barbosa Pagani e Dr. Lauro Pereira Pagani)
Einstein na física quântica, Paracelsos nas homeopatias e Dra Edward Bach no estudo dos Florais, demonstraram a percepção e a ousadia de estudos que buscam a visão holística do SER humano.
Bach por exemplo, tinha uma carreira promissora como médico e quando passou a estudar os florais (acreditava na evolução de algumas flores, a possibilidade de auxílio das mesmas ao ser humano) foi chamado de charlatão e com risco de perder seu diploma de médico e ainda ser preso, ao questionar o que aconteceria se não fosse médico e estudasse os florais recebeu a resposta de que de que nada aconteceria, e assim fez, por sua pura vontade a entrega de seu diploma de medicina e estudou até o fim de seus dias na terra, os florais, inclusive desencarnando ao fim do mesmo (estudo).
Por quê?
Porque percebia e acreditava no caminho existencial de “cura-te a ti mesmo” da cura advinda do “caminho do coração”.
Ainda nos dias de hoje vemos pessoas loucas, lutando para aumento de hospitais e ninguém luta, faz campanha para a causa de “Conhece-te”, para o autoconhecimento e aperfeiçoamento pessoal e espiritual, buscando realmente o equilíbrio e a cura.
Na luta para emancipação da Índia Gandhi foi questionado de como a Índia poderia ser independente se não tinham nem hospitais e ele respondeu:
“Primeiramente isso é problema meu e hospitais não são sinônimos de saúde, mas de doenças.”
Coisas para pensar....

sábado, 11 de junho de 2011

As estações, elementos e a Formação de nossa personalidade

Água
Quando chega o Inverno do nosso começo e/ou fim, o medo não trabalhado vira obsessão. O medo trabalhado se transforma em sabedoria.

Madeira
Em nossa Primavera da infância, a raiva não trabalhada converte-se em ira. A raiva trabalhada se transforma em amor.

Fogo
Já no nosso verão de adolescência , alegria não trabalha corre risco de tornar-se depressão. A alegria trabalhada tranforma-se em benevolência.

Terra
Ainda no nosso verão de nossa maturidade e da canalização de nossa energia feminina, a preocupação não trabalhada vira obsessão. A preocupação trabalhada transforma-se em Fé!

Simples assim... Dificil assim...
Personalidades e suas formas para os Orientais!
Observações baseados no livro: O psiquismo da medicina Oriental/ Ilka D. Penna

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Minha revolução


Minha revolução é sublime no exterior, mas intensa no interior.
Minha revolução vem da arte!
Minha revolução se manifesta na arte!
A arte me revoluciona, me transforma, me emociona!
Tenho a oportunidade de viver apenas o que acredito.
Se desacredito o que vivo, tenho a sorte de ser ignorante.
Luto contra a incoerência e me distancio dos incoerentes.
A incoerência fere os órgãos da minha alma.
O que é ser incoerente?
Saber no acredita e fazer diferente!
Minha revolução é constante e de dentro para fora.
A inteireza é minha bandeira.
Estar inteira e no presente de cada fato é meu objetivo de vida.
Viver intensamente, tudo que a vida me destinar, buscando sempre me equilibrar.

terça-feira, 7 de junho de 2011

LOU ANDREAS -SALOMÉ: A PAIXÃO VIVA

Fonte: (http://www.cefetsp.br/edu/eso/filosofia/paixaolouandreassalome.html)

(Do Livro: Os Sentidos da Paixão. Ed. Cia de Letras, 1987, págs. 359-373)

Luzilá Gonçalves Ferreira



Lou Salomé: uma prática de paixão; alguém que viveu a paixão com paixão, e talvez por isso mesmo provocou, até uma idade avançada, o nascimento da paixão nos seres que encontrou em seu caminho: Rilke, Nietzsche, Paul Rée, Tausk e, ao que parece, até mesmo Wagner sucumbiram ao seu encanto e à alegria de viver que transpirava em cada um de seus gestos - e o próprio Freud não parece ter sido indiferente à graça da discípula que ele qualificou de "raio de sol'.

A paixão de Lou pela vida transparecia em seu próprio físico. Freud lhe escreveu um dia: "você tem um olhar como se fosse Natal". E a escritora Helena Klinkberg (citado por Peters): "O sol se levantava quando Lou entrava numa sala". Era um ser luminoso, transparente e lúcido, daquela lucidez talvez de que fala João Cabral de Melo Neto a respeito de Monsieur Teste: "uma lucidez que tudo via, como se à luz ou de dia". Um ser humano para quem a felicidade é condição natural e destino do homem: "dentro da felicidade eu estou em casa". E ainda: "A única perfeição é a alegria".

Essa paixão pela vida, ela a transmitia aos outros, fazendo com que as pessoas ao seu contato desenvolvessem e dessem o melhor delas próprias. O que fez alguém escrever: "Quando Lou se interessa apaixonadamente por um homem, nove meses depois este homem dá à luz um livro. Um interesse pelo outro que o leva a crescer e produzir - mesmo quando esse crescimento e essa produção implicam o sofrimento.

Pois Lou Andreas-Salomé conseguiu realizar, em seus 76 anos de vida, o que nós todos gostaríamos e deveríamos fazer sempre - e não o fazemos por descaso, indolência, medo: tornar a vida o exercício apaixonada de uma busca. Sua exploração em todos os possíveis. Isto que requer a fruição intensa e incessante de coisas e pessoas que nos cercam, de modo que o mundo exterior em nós penetre e a nós se incorpore. Pois a vida, como o dizia Rainer Maria Rilke a propósito de Rodin, "está nas pequenas coisas como nas grandes: no que é apenas visível e no que é imenso".

Antes mesmo do seu encontro com Rilke, Louise von Salomé já intuía essa verdade: desde muito cedo encontramos nela um grande apetite de aprender e de amar - e o objeto de sua atenção podia ser a psicanálise, a curtição de uma paisagem, de uma flor, de um esquilo na floresta ou de um corpo amado.

(.....) Lou escreveu vários ensaios sobre o Erotismo. O primeiro deles data de sua ligação com Rilke. Intitulado reflexões sobre o problema do amor, traz as evidentes marcas da embriaguez física e espiritual que sua autora estava vivendo. Aqui ela assinala, em páginas de um admirável lirismo, a capacidade que tem a paixão amorosa de nos abrir o caminho ao sentimento da totalidade da vida e sua faculdade de nos colocar em estado criativo. O ato amoroso "nos enche a alma inteira (...) de ilusões e de idealizações espirituais, forçando-nos o mesmo tempo a nos chocar brutalmente, sem possibilidade de se esquivar, ao dispensador de uma tal desordem; ao corpo". E Lou escreve:

"Pois, sobretudo, resulta no indivíduo uma espécie de interação ébria e exuberante das mais altas energias criadoras do seu corpo e a exaltação mais alta da alma. Enquanto nossa consciência se interessa vagamente, habitualmente, por nossa vida psíquica, como por um mundo que conhecemos mal e que controlamos ainda pior, que ao que parece forma um com ela, mas com o qual normalmente ela se entende mal - eis que se produz subitamente entre eles uma tal comunhão de enervação que todos os seus desejos, todas as suas aspirações se inflamam ao mesmo tempo."

Por essa exaltação da alma através dos sentidos, por essa impressão que o ato amoroso nos dá de haver ido muito longe, e tocado o indizível, é que ele pode influenciar e favorecer a criação, a "pátria do dizível", como escreveu Rilke. E Lou: "O Mundo da criação e do amor significa: volta ao país natal, entrada no paraíso; o a impossibilidade de criar, ou do amor morto, é, ao contrário, um exílio onde os deuses nos abandonam".

A atividade criadora se apaixona por tudo aquilo que é vida em nós, que é indício do que em nós lateja de mais secreto, e que atinge as raízes do ser. O espírito descobre forças que não possuía ou das quais não se apercebia. Pode voltar àquele estado de inocência primeira que possuiu na infância, redescobre a "novidade" das coisas, com o frescor de uma sensação primitiva: o olhar da criança sobre o mundo que descobre maravilhada; o olhar de Adão diante de Eva recém-saída de si.

Confrontado com os seus longes, o amado vê a si mesmo, e ao mundo exterior, como algo recém-criado. Por isso, às vezes a gente sai do amor como quem saiu de uma catedral, redescobrindo o mundo aqui fora com os olhos renovados. O ato amoroso, vivido em plenitude, obriga os amantes a concentrar em si mesmos tudo aquilo de que são capazes, passível de germinar com a força das plantas na primavera.

"Nesta igualdade original do corpo e do espírito e nesta consciência ingênua de um e de outro - uma criança que acredita em tudo que vê, para quem tudo se renovou, que, cheio de uma fé e de uma confiança sem limites, gostaria de gritar sua alegria ao esplendor inverossímil do mundo, e não saberia saudar de melhor modo a razão senão fazendo cabriolas diante dela... como se balbuciasse em sonho, ele tem algo a dizer sobre estes esplendores ocultos que lhe fizera, ai de nós, esquecer tantas coisas úteis e necessárias."

O ato amoroso transforma o parceiro num "conto estranho e maravilhoso". A Paixão amorosa é uma porta, diferente de todas as outras portas, "em sua arquitetura ornada de elementos ricos de sentido, em virtude de um simbolismo singular". É o caminho por excelência que nos leva a nós mesmos. Por ela "nós não somos um mundo de realidade, somos apenas o espaço e o metteur en scène de um mundo onírico, todo-poderoso, irresistível".

Assim, o amor durará enquanto os amantes forem capazes de oferecer ao outro essa entrega, que dá acesso de modo vital à capacidade de se concentrar neles mesmos, de ser um mundo para si por causa do outro.

A esta altura, a gente poderia se perguntar - não seria esta uma visão demasiado idealizada do amor? Mas Lou não se deixa embalar incondicionalmente pelo êxtase da paixão: esta grande amorosa foi também, segundo a expressão de Freud, uma "compreendedora".

Neste mesmo ensaio, ela nos lembra que no êxtase amoroso, por mais que desejemos nossa fusão com o amado, sempre somos, em última análise, remetidos a nós mesmos. A reconciliação que se fará aqui será sobretudo entre o sujeito e ele próprio, através do outro, mais do que entre o sujeito e o objeto amado.

Num ensaio sobre o erotismo, datado de 1910, e num ensaio posterior, quando Lou já se engajara definitivamente à psicanálise, intitulado Anal e Sexual, ela nos lembra que na união física "a gente não possui um ao outro por meio do corpo, mas apesar do corpo, que, como todo mundo sabe, não se identifica jamais (...) completamente com o todo da pessoa, mas aparece sempre como uma parte dela e resiste à dominação mais viva".

(....) A fusão inteira do nosso ser com o outro, por mais querido que seja, não seria desejável. É preciso que sejamos cada vez mais nós mesmos, para poder ser um mundo para o outro. A relação erótica, remetendo-nos a nós próprios, é uma ocasião de constante renovação: cada vez ela inaugura em nós um ser novo; como um ato de linguagem, cada vez que eu falo a um Tu, é um Eu diferente que fala a um novo Tu: quando digo Eu, já não sou aquela que falava há pouco. A relação erótica é, assim, nela mesma, criação. E o amor um elemento de produção: somos a cada instante outros, encontramos no outro cada vez um elemento novo, diferente, desconhecido, misterioso até - o que dá à relação erótica sua riqueza:

"só aquele que permanece inteiramente ele próprio pode, com o tempo, permanecer objeto do amor, porque só ele é capaz de simbolizar para o outro a vida, ser sentido como tal. Assim, nada há de mais inepto em amor do que se adaptar um ao outro, de se polir um contra o outro, e todo esse sistema interminável de concessões mútuas... e, quanto mais os seres chegam ao extremo do refinamento, tanto mais é funesto de se enxertar um sobre o outro, em nome do amor, de se transformar um em parasita do outro, quando cada um deles deve se enraizar robustamente em um solo particular, a fim de se tornar todo um mundo para o outro."

É preciso que a gente seja sempre, um para o outro, duas deliciosas surpresas fecundas. Aquele mundo da fábula de La Fontaine "Os dois pombos", que aconselha aos amantes: "Amantes, felizes amantes, vocês querem viajar? Que seja pelas margens próximas/Sejam um para o outro um mundo sempre belo, sempre diverso, sempre novo./ Sejam um todo um para o outro, contem por nada o resto".

E Lou analisa esta necessidade de renovação e da existência do mistério na relação amorosa:

"Pois, nos seio mesmo da paixão, nunca se deve tratar de "conhecer perfeitamente o outro": por mais que progridam neste conhecimento, a paixão restabelece constantemente entre os dois este contato fecundo que não pode se comparar a nenhuma relação de simpatia e os coloca de novo em sua relação original: a violência do espanto que cada um deles produz sobre o outro e que põe limites a toda tentativa de apreender objetivamente este parceiro. É terrível de dizer, mas , no fundo, o amante não está querendo saber "quem é" em realidade seu parceiro. Estouvado em seu egoísmo, ele se contenta de saber que o outro lhe faz um bem incompreensível... os amantes permanecem um para o outro, em última análise, um mistério."

Assim, o amor não seria um encontro, mas uma busca. Não quer dizer que chegamos, mas que estamos próximos.

Rilke perguntava-se na Primeira elegia de Duíno: "Não é tempo daqueles que amam libertar-se do objeto amado e superá-los, frementes? Assim a flecha ultrapassa a corda, para ser no vôo mais do que ela mesma". E nas cartas a um jovem poeta, em maio de 1904:

"Assim, para quem ama, o amor, por muito tempo e pela vida afora, é solidão, isolamento, cada vez mais intenso e profundo. O amor, antes de tudo, não é o que se chama entregar-se, confundir-se, unir-se a outra pessoa. (...) O amor é uma ocasião sublime para o indivíduo amadurecer, tornar-se algo por si mesmo, tornar-se um mundo para si, por causa de um outro ser: é uma grande e ilimitada exigência que se lhe faz, uma escolha e um chamado para longe."

Se o amor é uma busca, se o estudo é uma busca, a arte uma busca, a vida inteira é também busca. E o amor e a paixão são a mola dessa busca.

É preciso buscar com amor, com paixão. Amar a vida, amá-la mesmo e sobretudo quando ela chega ao fim, e o espírito e o corpo vêem limitados seu campo de ação. Nos Cadernos íntimos dos últimos anos, Lou Andreas-Salomé dá um balanço de sua vida. Em fevereiro de 1934, isto é, três anos antes de morrer, ela escreve:

"Distingue-se entre os humanos aqueles que se sentem divididos em um passado e um futuro e aqueles que vivem o presente com cada vez mais densidade, sempre mais plenitude. Os orientais acham natural insistir menos sobre a morte do que se passa do que sobre a perfeição do que se acaba, como aprofundamento da realidade. Nós, ao contrário, começamos a ver aquilo que nos chega, apenas sob o aspecto sempre mais sinistro da morte - como tudo o que se observa de um olhar exterior, logo mortífero."

E um pouco mais adiante:

"Sempre não tive a idéia fixa de que a velhice me traria muito? Em meus jovens anos escrevi em algum lugar: primeiro nós vivemos nossa juventude, em seguida nossa juventude vive em nós. Não sei bem, ainda hoje, o que eu queria dizer com isso outrora. Mas eu tinha realmente medo de não atingir a idade de viver esta experiência; eu o sabia profundamente, uma longa vida, com todas as suas dores, vale ser vivida,. Claro, o valor da vida pode nos ficar escondido pelos desgastes sofridos pela nossa carne, nosso espírito (...) do mesmo modo que a juventude mais empreendedora pode se ver entravada em sua felicidade e em seu sucesso, por um fatal concurso de circunstâncias; mas, por além das perdas, a velhice adquire muito mais que a famosa aptidão à serenidade e à lucidez: ela permite que se chegue a uma plenitude mais acabada."

A velhice pode ser, assim, uma volta àquela espécie de paz inicial e retorno do indivíduo a um estado de não-divisão, de fusão primitiva do eu para consigo mesmo, o corpo parece se acalmar relativizando-se; ...

Num ensaio de 1901, escrito aos 40 anos e intitulado A velhice e a eternidade, Lou afirmava: "O velho está liberto de todos os seus limites pessoais e escrúpulos mesquinhos. Retirado lentamente da vizinhança imediata dos outros seres vivos, ele se vê, progressivamente, reintroduzido no grande encadeamento universal".

É preciso amar a vida em todas as suas fases e amar até mesmo a morte. Aqui Eros e Thanatos se dão as mãos - são forças complementares e não contrárias. A morte é a redenção da vida individual, escreve Lou num artigo sobre o misticismo russo. Nossa morte não nos separa dos seres que amamos; ela nos entrega de modo mais completo a eles:

No dia em que eu estiver no meu leito de morte

Faísca que se apagou -,

Acaricia ainda uma vez meus cabelos

Com tua mão bem-amada

Antes que devolvam à terra

O que deve voltar à terra,

Pousa sobre minha boca que amaste

Ainda um beijo.

Mas não esqueças: no esquife estrangeiro

Eu só repouso em aparência

Porque em ti minha vida se refugiou

E agora sou toda tua [Hino à morte]

A morte desfaz, assim, a distância entre os amantes, que agora vivem um no outro, sem que o individualismo os separe. A morte não é uma partida, umas uma volta: um retorno do indivíduo àquela união primitiva com as cosias. Por isso não a devemos temer.

A grande biografia de Lou Salomé ainda não foi escrita. Mas, pelo que dela nos resta, fica uma lição final de amor pela vida, de paixão pela vida, de totalização da vida. Por isso Lou desejou ser cremada e que suas cinzas fossem jogadas no jardim de sua casa, em Gottingen: para que seu corpo pudesse se incorporar à terra e ser transformado em planta e flor.

domingo, 5 de junho de 2011

Agridoce... Espelho Agridoce....


Espelho reflete á todos e nunca a si mesmo... Por isso quebra!
Sabe tudo dos outros e nada de si... Precisa da proteção da madeira, que não reflete, mas que se auto-reflete, Sente-se!

sábado, 4 de junho de 2011

Agridoce...


Agridoce adjectivo: ácido e doce ao mesmo tempo, o mesmo que doce-amargo, acre-doce e agro-doce.Fig. Diz-se do azedume que se reveste da aparência de doçura: palavras agridoces.

Bonecas, Contos, Planos.... Agridoce... Esperanças, Expecativas, Sonhos... Agridoce!

terça-feira, 31 de maio de 2011

Agridoce....Silêncio.



Queria ter o luxo de poupar minhas palavras diariamente, para perceber aqueles que realmente me entendem no silêncio maravilhoso de um olhar mais que comunicativo, mas como isso não é possível no dia-a-dia, ao menos aqui, quero a liberdade de me expressar pelas imagens.
"se meu olhar não lhe diz nada,minhas palavras são inúteis"

sábado, 30 de abril de 2011

Poema: Te Olho Nos Olhos Ana Carolina

Te olho nos olhos e você reclama
Que te olho muito profundamente.

Desculpa,
Tudo que vivi foi profundamente...
Eu te ensinei quem sou...
E você foi me tirando...
Os espaços entre os abraços,
Guarda-me apenas uma fresta.

Eu que sempre fui livre,
Não importava o que os outros dissessem.

Até onde posso ir para te resgatar?

Reclama de mim, como se houvesse a possibilidade...
De me inventar de novo.

Desculpa...se te olho profundamente,
Rente à pele...
A ponto de ver seus ancestrais...
Nos seus traços.

A ponto de ver a estrada...
Muito antes dos seus passos.

Eu não vou separar as minhas vitórias
Dos meus fracassos!

Eu não vou renunciar a mim;

Nenhuma parte, nenhum pedaço do meu ser
Vibrante, errante, sujo, livre, quente.

Eu quero estar viva e permanecer
Te olhando profundamente."

http://www.vagalume.com.br/ana-carolina/poema-te-olho-nos-olhos.html#ixzz1L3HIO9Dt

sexta-feira, 15 de abril de 2011

LUA ADVERSA Cecília Meireles

LUA ADVERSA
Cecília Meireles

Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha

Fases que vão e que vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.

E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases, como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Das Vantagens de Ser Bobo - Clarice Lispector

Das Vantagens de Ser Bobo - Clarice Lispector

O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir e tocar o mundo. O bobo é capaz de ficar sentado quase sem se mexer por duas horas. Se perguntado por que não faz alguma coisa, responde: "Estou fazendo. Estou pensando."

Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a idéia.

O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não vêem. Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os vêem como simples pessoas humanas. O bobo ganha utilidade e sabedoria para viver. O bobo nunca parece ter tido vez. No entanto, muitas vezes, o bobo é um Dostoievski.

Há desvantagem, obviamente. Uma boba, por exemplo, confiou na palavra de um desconhecido para a compra de um ar refrigerado de segunda mão: ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem uso porque se mudara para a Gávea onde é fresco. Vai a boba e compra o aparelho sem vê-lo sequer. Resultado: não funciona. Chamado um técnico, a opinião deste era de que o aparelho estava tão estragado que o conserto seria caríssimo: mais valia comprar outro. Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa-fé, não desconfiar, e portanto estar tranqüilo. Enquanto o esperto não dorme à noite com medo de ser ludibriado. O esperto vence com úlcera no estômago. O bobo não percebe que venceu.

Aviso: não confundir bobos com burros. Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem menos espera. É uma das tristezas que o bobo não prevê. César terminou dizendo a célebre frase: "Até tu, Brutus?"

Bobo não reclama. Em compensação, como exclama!

Os bobos, com todas as suas palhaçadas, devem estar todos no céu. Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz.

O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos. Ser bobo é uma criatividade e, como toda criação, é difícil. Por isso é que os espertos não conseguem passar por bobos. Os espertos ganham dos outros. Em compensação os bobos ganham a vida. Bem-aventurados os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie. Aliás não se importam que saibam que eles sabem.

Há lugares que facilitam mais as pessoas serem bobas (não confundir bobo com burro, com tolo, com fútil). Minas Gerais, por exemplo, facilita ser bobo. Ah, quantos perdem por não nascer em Minas!

Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando por cima das casas. É quase impossível evitar excesso de amor que o bobo provoca. É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Cor é sensação — assim como cheiro, tato, som. LARANJA- Fonte: http://www.astral.oxigenio.com/cromoterapia/cores_laranja.htm

Cromoterapia - Laranja

SIMBOLOGIA
Nota Musical: Ré
Chakra da Cor: Umbigo
Dominância positiva: vontade e poder
Dominância negativa: cansaço e fadiga
Elemento do Universo: água
Forma Geométrica: círculo

O QUE REPRESENTA

Na natureza, representa a variedade - pois as nuances do alaranjado são as que mais se apresentam em flores e vegetais. Representa, como o vermelho, o fogo, a força de vontade, o poder humano. E também o ouro, a prosperidade, a luxúria, o adultério.
Claramente percebida como contendo o vermelho e o amarelo, representa o equilíbrio entre a razão (amarelo) e a paixão (vermelho).

PERSONALIDADE
Equilibra as características de extroversão, charme, calor humano, sensualidade, alegria com egocentrismo, poder, oportunismo, materialismo e pessoa centrada em si mesma.
A sua preferência, em excesso, denota pessoa que se autovaloriza demasiadamente e muito sensível a críticas.

EFEITOS SOBRE O CORPO

Antiespasmódico, metaboliza o cálcio, fortalece os pulmões; estimula a lactação pós-parto. Estimula a circulação sanguínea, a tireóide, a secreção de hormônios femininos. Age no fortalecimento do pulmão e dos ossos.

VESTUÁRIO
Para os que necessitam de estímulo, audácia, encorajamento. Auxilia a libertar-se de estados de apatia, depressão, tristeza, recolhimento emocional.

ALIMENTOS

Mamão, manga, cenoura, abóbora, maracujá, laranja, tangerina, moranga.


TRATAMENTOS COM A COR LARANJA
Doenças respiratórias (bronquite, asma, resfriado), reumatismos, vesícula, ovários, rins, hipotiroidismo, fraturas, problemas musculares (cãibras), fígado, pâncreas.

CUIDADOS
Não deve ser utilizada a cor laranja em tratamentos de inflamação dos nervos.

terça-feira, 22 de março de 2011

Das escolhas Tereza Freire - 27 de Novembro de 2010

Os cães podem ser grandes professores de Yoga. Aprendemos muito só de olhar para eles. Estão sempre alerta, sempre atentos a tudo, sempre presentes, sempre no aqui e no agora! Suas mentes não guardam lembranças nem tão pouco fazem projetos para o futuro nem para quando a aposentadoria chegar.

Eles simplesmente são. Simplesmente estão. Nos momentos em que descansam, estão sempre atentos. Sempre prontos ao menor sinal de perigo. Possuem instintivamente aquela atenção relaxada, aquele conforto na tensão, que buscamos na prática de asana: sthirasukham.

Agem através do instinto e não do discernimento, por isso não podem escolher ser vegetarianos ou praticarem hatha yoga. Mas em seu amor incondicional, em sua entrega devocional, são grandes karma yogis.

Cães que foram abandonados e adotados são pura gratidão. Puro santosha, puro contentamento, abanando o rabo e sempre prontos a nos proteger e amar. Olham profundamente em nossos olhos com uma sinceridade ímpar, e assim, nos mostram o quanto são gratos e aceitam, literalmente, qualquer migalha como se fosse o melhor presente do mundo.

Estar ao lado deles tem sido uma das mais freqüentes escolhas que tenho feito ultimamente. Muitas vezes deixo de ir a festas ou cursos que certamente me enriqueceriam muito para ser recebida por duas cadelas em um sítio onde me recolho todos os fins de semana.

Perco shows, palestras, retiros, cursos e viagens e ganho mato, rio, amor, silêncio, paz. Escolhas... Sei que cada escolha implica em perdas e sinto pelas coisas que deixo de fazer, mas recebo os frutos das minhas escolhas e aprendo com eles. Me pergunto sempre se é necessário viajar, de fato, pra conhecer o mundo.

Saramago já dizia que não é preciso sair da ilha para se descobrir a ilha. Me pergunto ainda se é preciso ter um mestre vestido de laranja. Ou ainda, se é fundamental o estudo das escrituras para me iluminar.

Quando acordo com o sol e saio descalça na terra pra assistir ao desfile de pássaros ao amanhecer, tenho fragmentos de samadhis, em que abandono qualquer identificação com meu corpo e me transformo naquilo que vejo e ouço, nos pássaros, no rio, nas árvores, no sol.

Quando vejo o desabrochar de uma flor que plantei, ou quando rego os jardins que inventei, me transformo na água que rega as flores e viro chuva, e me esqueço de nomes, de profissão, endereço e apenas sou.

Aprendo lições com a chuva, com a lua e as estrelas. Longe de TV, de DVDs, de computador, internet, e tudo aquilo que na cidade consome meus sentidos, consigo sentir a presença eterna, plena e ilimitada que sou.

Na cidade, minha meditação compete com uma quantidade enorme de estímulos. No mato, tudo leva para dentro. Tudo nos leva a meditar. Ter um rio passando constantemente diante de seus olhos nos leva a refletir sobre a impermanência da vida a cada segundo, a cada volta que o rio dá.

A natureza mudando descaradamente diante dos olhos, sem o menor pudor. Sem disfarces, botox ou photoshop. Escancarando as nossas mudanças diárias, a cada lua, a cada amanhecer, a cada chuva.

E a gente ali observando, aprendendo com cada movimento, com cada momento. No entardecer, o quanto pode um por do sol nos ensinar se soubermos olhar. O mesmo rio, os mesmos pássaros, mas tudo completamente diferente.

Então, compreendo que os ensinamentos das escrituras visam preservar uma tradição, mas a compreensão do conteúdo destes ensinamentos também podem vir da prática, de um profundo contato com a natureza, de grandes períodos de silêncio, ao lado dos animais, plantando e colhendo de forma orgânica, vivendo com o que se produz, reciclando, fazendo compostagem, produzindo a menor quantidade possível de lixo.

Amando e respeitando, reverenciando todas as estações do ano, nutrindo e preservando a natureza como um Swami faz com a sua tradição, também pode ser uma escolha.

Namaste!

segunda-feira, 21 de março de 2011

Vazio

Quanto tempo você dedica-se á esvaziar o seu interior?
Em meia á tantas formas “vazias” de ocupar o seu tempo e alienar-se de si mesmo e conseqüentemente de todo processo ao qual está inserido, quanto tempo tu dedica-se a distanciar-se desse turbulento Mundo e estar em “ SILÊNCIO”?
Em que momento do seu dia, da sua semana, do seu mês e do seu ano você para repensar cada uma das situações vividas ou sobrevidas, refletindo sobre as mesmas e pontuando reflexões e as necessidades de mudanças de postura?
Quantas vezes na vida você alcançou o seu “vazio” do seu eu? Quantas vezes desproveu-se da idéia mental de ser algo para sentir o que realmente é e que almeja ser?
Já teve a sensação de conectar-se com uma energia vital?
Quando estamos cheios de certezas ou incertezas, cheios de conceitos ou de anseio pela criação dos mesmos, nada mais pode somar-se ao nosso ser, e o que era para ser transformado constantemente, acaba por ganhar uma forma ridiculamente estática, sentimo-nos SENDO e não mais ESTANDO.
Ficamos como as nossas casas físicas, CHEIAS, lotadas de coisas representativas ou que talvez um dia possamos precisar.
Qual o seu maior medo em conectar-se com sua essência?
Quais suas estratégias e apetrechos materiais e sociais utilizados para distanciar-se dela (a essência)?
Em que momento da vida acha necessário e se dedicará a ela?
Acredito que o que altera qualquer ação é a sua intencionalidade e que as intencionalidades estão diretamente ligadas a nossa essência, ao nosso verdadeiro ser e que á partir do conhecimento dela conseguimos galgar no nosso real objetivo de vida, conectando com o que alguns definem como “missão de vida”, algo que se torna ausente de dificuldades, mas que movimenta-se em harmonia com o nosso “SER”.

Dizia Kant:
“O exterior é o reflexo do interior.”

Vendo hoje os vídeos do tsunami e do terremoto do Japão, logo pensei... Quantos terremotos e tsunamis andam atingindo o nosso terreno? Qual a nossa resistência frente a esses “ataques (tidos como) naturais”? Onde fica a minha divisão de placas que impulsionadas pode ocupar o lugar da outra e causar uma catástrofe que pode ser caracterizada como doença? Quais são as nossas “áreas” que atingidas podem emitir gases que coloquem em risco todo o restante do nosso ser e/ou pior que até mesmo atinja áreas externas á nós mesmos? Sentimentos invertidos seriam tóxicos?
Coisas para pensar... Assuntos para refletir!

domingo, 13 de março de 2011

Reflexão á base de um texto enviada por Rita...

"Não busqueis o absurdo de querer prender-vos definitivamente numa matéria instável e caduca; a troca que a vida a submete, não permite que sua imagem resista um instante. Desprezai a miragem das formas. O que existe fica e sobrevive à renovação contínua dos meios, o que verdadeiramente importa sois vós, vossa personalidade espiritual. Não façais do mundo um fim, pois é apenas um meio. Não invertai
as posições e as funções. Não vos transformeis de senhores em servos. Caminhai. Lançai-vos à grande correnteza. Sede insaciáveis, como Deus vos quer, trabalhando substancialmente, criando no bem, na eternidade."

Pietro Ubaldi

quinta-feira, 3 de março de 2011

Adubo

Ás vezes quando dá aquela vontade de falar muita MERDA...é melhor fecharmos a nossa boca, deixar que as palavras virem adubo para o solo de nosso coração....pois quem sabe possam nascer (mais tarde) lindas flores apoiadas por esses estrumes!

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Infância

Não há como negar que a infância é das mais belas fases de nossa vida, por mais dura que tenha sido a nossa e por mais dolorosa que exista a lembrança dessa fase sempre emociona e traz à tona a vontade de reviver.
Ontem no show do Pato Fú, observava os pais acompanhantes, engraçado, mas em alguns momentos a boca aberta era muito mais visível nestes do que nos “bambinos”.
Reviver... Viver novamente, fazer novos significados! Importante! Necessário! Evolutivo!
Talvez não dê para voltar ao tempo. Mas podemos mentalmente voltar para fazer novos significados, paralisar a imagem e a lembrança, olhar por outro foco, mudar a direção, mudar de personagem, enfim...

Considero-me uma pessoa “premiada” nesse sentido, em meio às turbulências diárias do meu trabalho á oportunidade única de observar, viver e estudar a infância, junto as nossas lindas crianças e junto a minha linda criança, com o muito que resta dela dentro do meu ser!

Noto como nascemos sábios!
Até os 2 anos de idade a maioria das crianças acreditam que fazem parte de um todo e que não existe separação entre ela e tudo que a cerca, por isso tantas tentativas agressivas contra o outro (o tapa, a mordida, etc..). Na verdade elas estão buscando conhecer as suas sensações e somente depois de algum tempo percebem que a ação pode ser sentida de duas maneiras. Ex: O tapa dado no colega que despertará o sentir apenas na palma de sua mão e o tapa dado em si mesmo que despertará a sensação dupla.

Outro fato interessante é a noção ampla da integralidade. Depois.... Somos adestrados a percepção cartesiana da separação.... e futuramente a nova necessidade de percepção da integralidade, da noção do quanto estamos sintonizados numa mesma teia de relações.


Sempre admirei as pessoas pelo ritmo autentico de seus atos, que na verdade transmitem para mim um respeito á si próprio (independente de ser de 1 á 10, cada um tem o seu, mas tem o dever de conhecê-lo) além da autenticidade, verdade e assertividade. Já percebeu como existem pessoas agitadas, freneticamente “Antenadas” e que após sairmos de perto delas sentimo-nos como um peixe elétrico? Esse mesmo ritmo pode ser assumido por outra pessoa que diferentemente do primeiro exemplo demonstra coerência e harmonia em suas ações. De forma geral isso se trata para mim de autoconhecimento de sua essência e auto-respeito, rompendo com a visão mundana da necessidade de padronização.
Destaquei o fato acima para verificarmos como as crianças são autenticas no respeito as suas vontades e ritmos e do quanto muitas vezes buscamos “padronizá-las”.
Apesar do respeito ao ritmo crianças buscam atividades que a coloquem em contato com os diversos ritmos, creio que seja uma forma de identificar a sua zona de conforto e identidade rítmica (rsrsrs nem sei se existe esse termo).
Segundo um livro que estou lendo: A linguagem Corporal da Criança de Samy Molcho e que com certeza influenciou muito estas reflexões.
“A Constancia de voz e gestos geram um abafamento de sentimento”.




Na continuidade do assunto ritmo é notório ainda a oportunidade de sentir que essa oscilação gera e o quanto isso acaba por interferir na nossa ousadia em “se abrir ao Mundo”. Crianças com mais oportunidades de sentir várias sensações com certeza demonstrarão mais segurança. Nossa não imaginava o quanto o ritmo e a vivência das oscilações rítmicas auxiliariam no processo de nosso desenvolvimento.

Agora, muitas percepções passeiam pelo pensar e a vontade de escrever é uma forma de dar materialização as mesmas, porém dentre os questionamentos o maior deles é: Desde a infância somos amados por sermos um ser humano ou pelas nossas atitudes como seres humanos? Como diferenciar/ separar a ação, o comportamento de um ser como um todo? Isso também ocorre com relação à existência de alguma deficiência ou dificuldade (seja ela física, emocional ou mental). Como separar a dificuldade do ser total? Como não tratar o ser como sendo suas ações e suas dificuldades?

Dúvidas transformadoras no processo de educar! Dúvidas transformadoras no processo de reviver e se re-fazer!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Onde eu colocaria minha cadeira?

Sim. Onde você colocaria sua cadeira no Universo? E porque?

Ai, ai ... escolhas! Tantas cadeiras, tantos espaços encantados e eu tendo que escolher onde eu colocaria a minha cadeira.
Pensando que a cadeira é um lugar que serve para o descanso e que nesse descanso buscaria forças para continuar a minha tarefa atual de vida... Colocaria de frente a uma cachoeira... Uma linda cachoeira que poderia ser em Brotas ou em Foz do Iguaçu.
As cachoeiras... como elas me complementam da vontade e da força para SER-HUMANO!! As águas ... me conectam com o divino, o divino existente em mim e em cada criatura!!! Apesar da divindade da água elas caem forte... com uma força transformadora que lapida até mesmos as pedras... Resistir a essa transformação??... Só se for para ocupar outro espaço, como as pedras que caem do topo para a nascente, ou até mesmo para fora das cachoeiras.
Tanto ensinamento nos oferece a natureza... Com os quatro elementos me conecto na cachoeira... Água, Terra , Ar e Fogo que aquece e transforma o meu ser!

Dificil

A solidão física dói, mas é superada, difícil mesmo é a solidão de ideais, a solidão de objetivos.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Tudo mudou ou? Ou o passado vitorioso foi escondido?

Tudo mudou ou? Ou o passado vitorioso foi escondido?
O sentido do sufocamento da energia feminina ao longo da história me faz um sentido absurdo, digo energia porque não me refiro exclusivamente à figura da mulher, isso seria incoerente em meio a tantas conquistas sociais, econômicas e políticas. Não, não falo aqui da figura física da mulher, é preciso aprofundar um pouco mais essa reflexão e discussão.
A energia feminina é diferente e muitas vezes até complementar a energia masculina, como o Yin e o Yang, e todos (homem e mulher possuem estas energias dentro de si).
Como pontuei anteriormente a mulher (pessoa física) vem conquistando espaços extremamente importantes em nossa sociedade, conquistando espaço nas diversas áreas, apesar de considerar muito estranho atribuir a isso a palavra ganhar e conquistar, já que para mim isso sempre fez parte do cotidiano feminino assim como do masculino:

"Quando os antropólogos discutem a humanidade da pré-história, costumam se concentrar no papel que o homem “o caçador”, desempenhava, ignorando ou deixando de enfatizar o papel mais importante da mulher, “a coletora de alimentos”. Coletar e não caçar- era a atividade de sobrevivência primária de nossos ancestrais e esse papel era desempenhado quase que exclusivamente pela mulher, que desenvolveram as ferramentas e a tecnologia necessária para adquirir, preparar e preservar alimentos. Usando a princípio equipamentos simples, como paus e sílex, para cavar e retirar raízes, as mulheres inventaram, posteriormente o pilão e uma moenda rudimentar para moer grãos e sementes.
Por volta do ano 12.000 a.C, ocorreu uma revolução agrícola, quando os humanos progrediram de coletores e caçadores a agricultores. Essa transição foi facilitada pelas mulheres, que através dos tempos, cultivaram plantas selvagens e desenvolveram novos alimentos comestíveis. Nos vales do rio Tigre e eufrades, na Mesopotâmia, as mulheres tornaram o uso doméstico da cevada, a linhaça e o trigo a partir dos capins selvagens; na China, elas cultivaram arroz e na América do Norte, batatas e milho. O legado dessas primeiras mulheres foi preservado pela história e transmitida oralmente(...) Com raras exceções , as informações contidas em obras tradicionais de referencia, enciclopédias e livros de história, predominantemente uma tendência definida á favor das contribuições dos homens, enquanto ignoravam ou diminuíam as das mulheres. (Gail Myer Rolka- 2004- 100 mulheres que mudaram a História do Mundo)"

Você já leu a Bíblia? Eu já li esse livro sagrado na minha adolescência e retorno a ele agora, e conjuntamente com ensinamentos brilhantes a percepção escancarada na negação da mulher, aqui como figura física mesmo, além da questão da energia. Eva levou Adão a pecar, as qualidades femininas são sempre destacadas com ênfases na beleza física (oposto ao homem que se destacam por qualidades humanas mesmo), toda visão bíblica parte da visão de um homem. Não teria tido então nenhuma mulher “iluminada”? Nesse exato momento me vem a mente a imagem de uma mesa retangular fazendo a seleção de textos que retratassem a passagem de Jesus Cristo na terra e já queimados de antemão todos aqueles que não foram escritos por homens.
Era uma forma de romper com o paganismo tão ligado a natureza, a glorificação dos elementos naturais (construídos carinhosamente pelo pai para facilitar a nossa existência) , entre eles o Deus Sol e a Deusa Terra.
Continuando... Em nome do pai do filho e do Espirito Santo. Cadê a mãe dessa história??? Meu Deusss!!!! Em nome do pai do filho (a) e da Mãe!!! Que essa família seja harmônica, feliz e glorifique toda a sua criação e ensinamento.
O que fizeram da passagem de Jesus? O que fizeram das ações tão iluminadas? Tornaram-na mais um abismo entre o ser humano!
Retornando a questão da energia feminina, quando me refiro a negação da energia feminina, considero que o sofrimento dessa negação também atinge o homem, que tem muitas vezes também negado a sua possibilidade de vibrar nessa sintonia (não estou aqui me referindo da questão sexual), os homens são "obrigados" a serem fortes, guerreiros, assim como a maioria das mulheres que masculinizam para conquistar o sucesso almejado.
E o sentir e o refletir continuarão, por isso não existirá aqui uma finalização, três pontos...

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

O peso da Culpa (Márcia Tiburi)

Peso da culpa, asas do desejo
À famosa pergunta de Freud “o que quer uma mulher?” podemos responder: livrar-se da culpa. Mas vamos devagar: o que eu, em pleno século 21, livre financeira e sexualmente, dona do meu corpo, autora do meu projeto de vida, fiz pra me sentir culpada? Embora nossa cultura já viva certa democracia entre gêneros, a culpa continua sendo característica da subjetividade das mulheres muito mais do que dos homens. Dizer “sou mulher” é quase o mesmo que dizer “a culpa é minha”.
A culpa feminina não existiu desde sempre e jamais foi essencial. Não é impossível que tenha sido inventada para que as mulheres soubessem bem qual o seu lugar em uma sociedade de homens. A filosofia não se ocupou muito da questão até que F. Nietzsche, filósofo morto na virada do século 19 para o 20, sustentou uma contundente crítica da moral vigente como análise do sentimento de culpa. Ele entende a culpa como o ressentimento que em vez de ser lançado para o outro, é dirigido a si mesmo. Ela nasce de uma obrigação de fazer promessas que se transforma em incapacidade de cumpri-las e daí passa a valer como dívida que, impagável, se volta contra quem a contrai.
O ressentimento é uma espécie de peso morto que carregamos nos ombros sem que sirva a nada além de pesar. Ora, o que carregamos é o passado que não conseguimos esquecer nas camadas mais profundas da linguagem. Mulheres contemporâneas são herdeiras de uma vasta tradição simbólica que inclui mitos como Eva, a culpada da expulsão do paraíso que implica o ditado de que por trás de um grande homem há uma grande mulher, e Pandora que se assemelha à mãe onipotente culpada dos sofrimentos de seus filhos.
Mas a coisa não para por aí. Mesmo sem ser esposa ou mãe, uma mulher que deseje ser, por exemplo, amante, pode se sentir culpada em relação ao desamor do marido ou namorado por não ter, por exemplo, o corpo que ele deseja. Perguntar a si mesma se, ao contrário, “ele a agrada” não é possível para quem sente culpa. Já que o culpado precisa sempre pagar alguma coisa que ele não está devendo. Mas o que, tão livres, tão independentes, as mulheres de hoje ainda podem dever? Por trás das armadilhas dos mitos está a idéia greco-medieval de que a mulher é um macho falido. A natureza quando não tem força pra fazer um homem faz uma mulher. Culpa de quem?
A culpa aparece assim como um artifício infinito. Uma máquina poderosa de produzir dívidas inexistentes, pois se existissem realmente bastaria pagá-las ou pedir mais prazo, responsabilizando-se pelo que, de fato, se deve. No entanto, há certo prazer na culpa, justamente o da irresponsabilidade que afasta da convivência com o desejo e coloca a pessoa no lugar de uma vítima dos desejos alheios.
Percebemos que a estrutura da culpa é paradoxal. Nos tempos da liberdade feminina, uma mulher pode se sentir culpada de não querer ser esposa, mãe ou amante, ou por simplesmente ser bem sucedida. Como se seu sucesso a tornasse devedora de marido e filhos que muitas vezes ela não tem. A culpa pode aparecer ao assumir um desejo que não lhe foi autorizado. Acontece que a culpa surge exatamente para eliminar o desejo. Está, assim, na contramão da responsabilidade.
Pode, no entanto, parecer que as mulheres se sintam culpadas por serem excessivamente responsabilizadas. Mas não é verdade. Se a responsabilidade é um valor ético objetivo que pode ser juridicamente medido, a culpa é apenas um sentimento de quem, não tendo porque carregá-lo, o faz por aceitar a posição de vítima que pode ser bem mais confortável do que a de quem se responsabiliza por seus desejos. Artificial, a culpa aparece como algo que eu lanço sobre o outro para disfarçar aquilo de que eu mesmo não posso ser responsável. O culpado culpa o outro e a si mesmo. O culpado é, assim, um covarde que se disfarça de vítima e que encontra sua comunidade de culpados, deprimidos e entristecidos contra um mundo supostamente hostil. Fica mais fácil culpabilizar os outros do que responsabiliz ar-se. Mais fácil endividar o outro e a si mesmo do que pagar os custos da própria vida.
Culpados aqui e ali exigem que ajudemos a carregar seus fardos. Jogam seu peso sobre os ombros próprios e os dos outros. Bem que podiam trocar tudo isso pelas asas do desejo que, em nós, estão prontas a se abrir, deixando tudo mais leve e permitindo voar e ver mais longe.
O impulso pro vôo vem da coragem da responsabilização.


Marcia Tiburi.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Estamos com fome de amor...

O que temos visto por ai ???
Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes.

Com suas danças e poses em closes ginecológicos, cada vez mais siliconadas, corpos esculpidos por cirurgias plasticas, como se fossem ao supermercado e pedissem o corte como se quer... mas???

Chegam sozinhas e saem sozinhas...
Empresários, advogados, engenheiros, analistas, e outros mais que estudaram, estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos...
Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dancer", incrível.

E não é só sexo não!

Se fosse, era resolvido fácil, alguém dúvida?
Sexo se encontra nos classificados, nas esquinas, em qualquer lugar, mas apenas sexo!
Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho, sem necessariamente, ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico na cama ... sexo de academia . . .

Fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormir abraçadinhos,
sem se preocuparem com as posições cabalisticas...
Sabe essas coisas simples, que perdemos nessa marcha de uma evolução cega.
Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção...
Tornamo-nos máquinas, e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós...
Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada nos sites de relacionamentos "ORKUT", "PAR-PERFEITO" e tantos outros, veja o número de comunidades como: "Quero um amor pra vida toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada "Nasci pra viver sozinho!"
Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários, em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis, se olharmos as fotos de antigamente, pode ter certeza de que não são as mesmas pessoas, mulheres lindas se plastificando, se mutilando em nome da tal "beleza"...

Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento, e percebemos a cada dia mulheres e homens com cara de bonecas, sem rugas, sorriso preso e cada vez mais sozinhos...
Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário...
Pra chegar a escrever essas bobagens?? (mais que verdadeiras) é preciso ter a coragem de encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa...
Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia isso é julgado como feio, démodê, brega, familias preconceituosas...

Alô gente!!! Felicidade, amor, todas essas emoções fazem-nos parecer ridículos, abobalhados...

Mas e daí? Seja ridículo, mas seja feliz e não seja frustrado...
"Pague mico", saia gritando e falando o que sente, demonstre amor...
Você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais...

Perceba aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, ou talvez a pessoa que nada tem haver com o que imaginou mas que pode ser a mulher da sua vida...
E, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso a dois...
Quem disse que ser adulto é ser ranzinza ?

Um ditado tibetano diz: "Se um problema é grande demais, não pense nele... E, se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele?"
Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo, assistir desenho animado, rir de bobagens e ou ser um profissional de sucesso, que adora rir de si mesmo por ser estabanado...
O que realmente, não dá é para continuarmos achando que viver é out... ou in...
Que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo, que temos que querer a nossa mulher 24 horas, maquiada, e que ela tenha que ter o corpo das frutas tão em moda, na TV, e também na playboy e nos banheiros, eu duvido que nós homens queiramos uma mulher assim para viver ao nosso lado, para ser a mãe dos nossos filhos, gostamos sim de olhar, e imaginar a gostosa, mas é só isso, as mulheres inteligentes entendem e compreendem isso.

Queira do seu lado a mulher inteligente: "Vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois, ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo, tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida"...

Porque ter medo de dizer isso, porque ter medo de dizer: "amo você", "fica comigo", então não se importe com a opinião dos outros, seja feliz!

Antes ser idiota para as pessoas que infeliz para si mesmo!

Estamos com fome de amor...
(JORNAL O DIA! Arnaldo Jabor)

domingo, 23 de janeiro de 2011

A fruta aberta- Thiago de Mello

Agora sei quem sou.
Sou pouco, mas sei muito,
porque sei o poder imenso
que morava comigo,
mas adormecido como um peixe grande
no fundo escuro e silencioso do rio
e que hoje é como uma árvore
plantada bem alta no meio da minha vida.


Agora sei as coisa como são.
Sei porque a água escorre meiga
e porque acalanto é o seu ruído
na noite estrelada
que se deita no chão da nova casa.
Agora sei as coisas poderosas
que valem dentro de um homem.


Aprendi contigo, amada.
Aprendi com a tua beleza,
com a macia beleza de tuas mãos,
teus longos dedos de pétalas de prata,
a ternura oceânica do teu olhar,
verde de todas as cores
e sem nenhum horizonte;
com tua pele fresca e enluarada,
a tua infância permanente,
tua sabedoria fabulária
brilhando distraída no teu rosto.


Grandes coisas simples aprendi contigo,
com o teu parentesco com os mitos mais terrestres,
com as espigas douradas no vento,
com as chuvas de verão
e com as linhas da minha mão.
Contigo aprendi
que o amor reparte
mas sobretudo acrescenta,
e a cada instante mais aprendo
com o teu jeito de andar pela cidade
como se caminhasses de mãos dadas com o ar,
com o teu gosto de erva molhada,
com a luz dos teus dentes,
tuas delicadezas secretas,
a alegria do teu amor maravilhado,
e com a tua voz radiosa
que sai da tua boca
inesperada como um arco-íris
partindo ao meio e unindo os extremos da vida,
e mostrando a verdade
como uma fruta aberta.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Comece a morar na prática baby

Mora na Filosofia
Caetano Veloso
Composição: Monsueto / Arnaldo Passos

Eu vou te dar a decisão
Botei na balança
E você não pesou
Botei na peneira
E você não passou
Mora na filosofia
Pra que rimar amor e dor
Se seu corpo ficasse marcado
Por lábios ou mãos carinhosas
Eu saberia, ora vai mulher,
A quantos você pertencia
Não vou me preocupar em ver
Seu caso não é de ver pra crer
Ta na cara

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

2011

BOLETIM DO SURF DA SOLARA PARA O ANO DE 2011


Tradução para o Português de Cristiane Boog

Bem Vindo ao Ano Monumental de 2011!

2011 é o ano final de uma fase de três anos gerando um novo MUA ou
Ciclo Evolucionário Principal.

PANORAMA DE 2010

2010 foi um ano brilhante, que nos deu a oportunidade há muito esperada de viver uma transformação profunda em uma escala sem precedentes. Muitos de nós fomos libertos de nossas velhas coordenadas o que nos ajudou a nos desconectar de nosso velho paradigma. No final de outubro durante a Ativação do Nono Portal do 11:11 em Bali, nós finalmente nos alinhamos com as nossas novas coordenadas e muitos de nós emergimos como Seres Verdadeiros. Conforme os Seres Verdadeiros no mundo todo davam um passo adiante, isso disparou um imenso gatilho, como fileiras e mais fileiras de dominós caindo em todas as direções, muito além do horizonte mais distante, que alteraram tudo em seu caminho.

Desde então, a ancoragem da ressonância de Ser Verdadeiro exigiu adaptações completas em todos os níveis. Primeiro, tivemos de reajustar nossos seres internos, liberando profundamente bolsos embutidos de antigos comportamentos, padrões limitantes, medos antigos e resíduos emocionais que estavam escondidos dentro de nós. Nós nem sabíamos que carregávamos tais coisas dentro de nós e chegaram os níveis mais profundos do núcleo. Ao mesmo tempo, tornamo-nos infinitamente mais livres do que nunca.

Durante o ano, nos sentimos cada vez mais distantes de tudo que nos rodeava. Algumas vezes, nos sentimos desconectados até de nós mesmos. Algumas vezes nos olhamos no espelho e não nos reconhecemos - - de tão diferentes que nos tornamos. Passamos por inúmeras Zonas Nulas, mas elas já não tinham mais o poder de nos derrubar totalmente. Marchamos pela tempestuosidade furiosa de nossas Tempestades Perfeitas com enorme coragem, não importando quão intensas fossem. Olhamos para trás e vimos a longa fila de pontes às nossas velhas maneiras de ser queimando. Às vezes, as pontes que estávamos atravessando estavam queimando sob os nossos pés. Mas isso não nos bloqueou, simplesmente acelerou o nosso passo e nos fez caminhar para o Novo e Verdadeiro.

Nós fomos exatamente para o centro da espiral centrífuga dos Buracos Negros, onde tudo foi arrancado de nós, até mesmo algumas das qualidades que nós gostávamos de nós mesmos. Isso foi extremamente doloroso por vezes, e nos fez sentir frágeis, transparentes e desnudos. Mas isso fez o trabalho de nos tornar mais Verdadeiros e Reais. E nos levou para um Mundo totalmente Novo.

Conforme nossos seres essenciais estavam cada vez mais realinhados com a ressonância da Verdade, a nossa paisagem externa começou a se transformar de inúmeras maneiras. Isso aconteceu sutilmente no começo. Foi como mudar aos poucos um palco montado em um teatro, de um apartamento para uma floresta. Uma cadeira desaparece, em seguida, uma árvore aparece em seu lugar. O som de um relógio é substituído pelos sons de pássaros cantando. O teto lentamente se transforma em um céu estrelado. As cores sombrias escuras de uma cidade começam a se transformar em cores vibrantes da vida nova e fresca.

As mudanças foram tão imensas, de tão longo alcance e de mudar a vida, que no momento em que fechamos 2010, tornamo-nos uma nova pessoa .... Seres Verdadeiros.
Estávamos sendo libertos do velho Mapa do Conhecido e havíamos experimentado o nosso primeiro sabor de um Mundo inteiramente Novo. E este é o lugar onde estávamos quando entramos no Grande Ano de 2011.

PARA ALÉM DO MAPA DO CONHECIDO

Em 2010, começamos a ficar despreendidos de nossas paisagens antigas. Isso aconteceu mesmo que não fosse a nossa intenção ou desejo. A nossa vida antiga, simplesmente parecia cada vez mais distante e sem sentido. Muitas de nossas atividades familiares não estavam mais nos satisfazendo. Alguns dos nossos alimentos preferidos ficaram indisponíveis ou uma loja favorita ou restaurante fecharam. Os amigos próximos se afastaram, nós perdemos o nosso trabalho ou uma relação de repente acabou. Nossos velhos modos de fazer as coisas já não funcionavam com a mesma eficácia de antes. Alguns de nós até mesmo mudaram-se para novos locais que são muito diferentes do que tínhamos conhecido.

Em 2011, esse sentimento de desconexão com o passado vai se multiplicar exponencialmente. Na verdade, nosso velho mapa do Conhecido vai desmoronar em nossas mãos e muitas das lembranças de nosso passado serão apagadas. Não só os numerosos elementos expirados e situações velhas irão sair de nossas vidas, mas alguns dos elementos de nossas vidas pessoais, que eram realmente confortáveis, também estarão nos deixando. Muitos de nós nos encontraremos destinados para novos locais, o que poderia ser um local muito diferente do ambiente que conhecemos. Haverá uma mudança enorme de pessoas ao nosso redor. Isso já começou a acontecer.

Ao longo do ano, as nossas paisagens exteriores estarão sujeitas a mudanças inesperadas que podem ocorrer sem qualquer aviso. Algumas delas podem ser devido às mudanças climáticas drásticas ocorrendo agora no planeta, como a neve na Austrália, no verão ou do frio severo na Índia, enquanto outros podem ser causadas por mudanças na Terra dramáticas ou acontecimentos chocantes criadas por transtornos sociais, políticos ou econômicos. Essas mudanças são necessárias para limpar as velhas energias. 2011 é um ano de profundas mudanças na medida em que o mundo das zonas nulas da dualidade em torno de nós e um mundo novo baseado na Verdade nasce como uma Fênix saindo das brasas das cinzas da dualidade.

Isso está acontecendo porque estamos sendo liberados do velho paradigma da dualidade e entrando num novo paradigma da Unidade. Esta mudança de paradigmas pode ocorrer como uma suave liberação ou como uma ejeção forçada quando nos sentimos empurrados para fora de velhas situações. Não importa a forma disso ocorrer, vamos vivenciar. Não há nenhuma maneira de evitar isso, nem iríamos querer, porque isso é que é o mais necessário. Todos nós escolhemos estar aqui durante esta transição importante da dualidade para a Unidade e todos nós temos um papel a desempenhar neste processo.

Enquanto isso, nossos conceitos espirituais obsoletos estão desaparecendo. Alguns exemplos são as nossas velhas crenças na Iluminação e Ascensão. Que uma vez que nos "Iluminarmos", não haverá mais nada a fazer ou que quando o tempo de "Ascensão" chegar, vamos ser apanhados e levados para fora do planeta para algum lugar melhor ou mais fácil. Quando finalmente percebemos que isso não vai acontecer, que nós já somos "Iluminados" e que não seremos "resgatados" por alguma força exterior, mas que nós somos responsáveis por nossa própria libertação, pode ser devastador para aqueles que depositaram as suas esperanças em algo que não é verdadeiro. De repente, eles são confrontados com a dura realidade de sua vida cotidiana com o entendimento de que aquilo que é necessário é não fugir do mundo físico, mas habitar plenamente o AQUI e AGORA EXPANDIDOS com nossos seres inteiros. Ser um Ser Verdadeiro, não importa onde estivermos e não importa o que esteja acontecendo no mundo exterior.

Conforme o velho mundo da dualidade, cada vez mais cai aos pedaços e adentramos na nossa Nova Paisagem pela primeira vez, podemos ter a sensação de que estamos com as coisas erradas. Isso porque o Novo Mundo é muito diferente do que esperávamos e as coisas que temos conosco foram feitas para a velha paisagem.

Conforme nos desprendemos do paradigma da dualidade que está morrendo, nós Emergimos em um Mundo totalmente Novo. Cada passo que damos no Novo Mundo ajuda a tornar o Novo Mapa mais claro. Mesmo os Mestres Surfistas estão tendo um período de desafios surfando no Novo Mapa. Assim, quando pensamos que atingimos o auge da maestria, nós somos empurrados para o Novo Mapa e descobrimos que existe um vasto Mundo Novo a descobrir. A curva de aprendizagem na frente é enorme e de grande alcance. Isto é, quando entramos em nossa verdadeira mestria que é a aceitação de não saber e, ao mesmo tempo, confiando na sabedoria verdadeira que sempre carregamos dentro de nós.

É essencial que nós aprendemos a enfrentar velhas situações, com as novas respostas de um Ser Verdadeiro. Algumas pessoas se movem para seus lugares novos e legítimos, mas não conseguem soltar os velhos padrões limitantes que os amarravam. Isso os impede de estarem abertos ao inesperado e de abraçar plenamente a sua nova realidade. O lugar é novo, mas eles não são. Precisamos também permanecer abertos para o nosso Mundo Novo, sem nenhuma expectativa de como as coisas devem acontecer lá.

Em 2011, estamos tendo a oportunidade de ouro de nos recriar totalmente como Seres Verdadeiros e criar exatamente o tipo de vida que mais queremos viver. Uma Vida Verdadeira como um Ser Verdadeiro. É uma tela ultra em branco, tal como nós, mas nós não precisamos ser intimidados por ela. Ela é animadora e inspiradora.

EMERGINDO EM UM NOVO MUNDO

Quando nós começamos nossa primeira experiência do Novo Mundo, é suave e acolhedor. Isso aconteceu com aqueles de nós na Ativação do Nono Portal em Bali em Outubro, quando abrimos a porta para o Novo Mundo. Então, quando pisamos fundo no Novo Mundo, sentimos um enorme despojamento do velho, que é semelhante a passar por um Buraco Negro. Essa imersão no Novo Mundo não é suave. É mais como ser propelido por uma barreira de tempo / espaço. Fomos jogados para fora do Mapa do Conhecido.

Ao chegarmos às margens do Novo Mundo, ficamos em estado de choque. Não é porque o Novo Mundo não é um bom lugar ou um lugar onde não queremos estar. É o choque de estar em um ambiente totalmente diferente e o choque de já não estarmos no antigo mapa familiar, onde sabíamos como aplicar nossas habilidades bem desenvolvidas e conhecimentos e onde sabíamos onde tudo estava.

No começo, não há muitos pontos de ancoragem no nosso Mundo Novo. Às vezes ajuda criar pequenas ilhas do familiar, especialmente quando em território imensamente desconhecido. Podemos encontrar conforto nas pequenas tarefas da vida cotidiana, como fazer café ou lavar roupas. Podemos criar um espaço minúsculo com itens que são pessoalmente sagrados para nós. Então, conforme nossa nova vida evolui, vamos começar a fazer novos amigos, encontrar um restaurante favorito e nos alinhar com a natureza nutritiva do nosso novo ambiente.

No Novo Mundo, o nosso comportamento muda e começamos a fazer coisas que nunca fizemos antes. Como um exemplo pessoal: eu nunca tinha usado um relógio regularmente na minha vida inteira. Eu só usava um quando viajava de avião. Agora, estou morando no Peru, onde alguém poderia pensar que um relógio não é necessário, mas estou usando um de repente o tempo todo! E achando muito útil ....

Assim que chegamos em nosso novo mundo, precisamos ser muito vigilantes para que não caiamos na nossa velha forma de reações e respostas automáticas. Porque se fizermos isso, ela vai nos impedir de habitar plenamente o Novo Mundo. Temos que parar de olhar as coisas com os velhos pressupostos e julgamentos, porque eles simplesmente não são mais verdadeiros.

Alguns de nós estão se movendo para ambientes físicos totalmente novos em que nada é o mesmo de antes. Não se surpreenda se as coisas não encaixarem imediatamente em posição quando você chegar lá. Pode ser desconfortável e estranho no começo, porque os nossos Novos Mundos exigem um novo nível de ajustes e habilidades. É uma curva de aprendizado muito íngreme que somos empurrados. Mas é também extremamente útil quando o nosso Novo Mundo é tão diferente que não somos capazes de fazer quase nada da mesma maneira como antes. Nosso Mundo Novo pode exigir que falemos uma língua diferente, que interajamos com uma cultura muito diferente, que não encontremos os alimentos que estamos acostumados a comer. Isso torna muito mais fácil sair de nossos velhos padrões, uma vez que nossos velhos padrões são impossíveis de se manter em um ambiente tão diferente.

Outros irão mudar de ambientes sem mudar para um novo local, mas mudando a maneira como eles vivem em sua localização atual. Nós todos vamos ter a oportunidade de mudar a nossa maneira de viver. Algumas dessas mudanças podem acontecer por aquilo que já rotulamos de circunstâncias infelizes, tal como uma perda de um emprego, um desastre natural ou o fim de uma relação. Todos estes eventos simplesmente fecham a porta para o velho e nos dão a chance de abrir uma porta nova para uma vida mais gratificante.

Às vezes, isso pode trazer alguns medos de que vamos perder a nossa velha mestria - e é verdade que nós vamos. No entanto, também temos a oportunidade de desenvolver a mestria em áreas totalmente novas. Parece uma caça ao tesouro contínua, conforme atravessamos o labirinto pegamos as informações necessárias, fazemos contatos úteis e aprendemos o que precisamos nesse momento. Se viajássemos de uma forma direta e linear, iríamos perder essas experiências necessárias.

Sabemos que precisamos nos manter bem abertos, mas às vezes isso se torna apenas um conceito vazio e não o colocamos em prática. Minha abertura ao novo e inesperado, para as coisas que me alongam muito além da minha zona de conforto, está sendo posta à prova diariamente. Eu me considero um ser bastante aberto, mas estou constantemente achando maneiras em que eu não sou aberta. Esta é uma lição muito boa. Por exemplo, eu estou procurando a casa certa para morar desde que me mudei para o Peru no início de novembro. Eu passei minhas primeiras semanas em um hotel, em seguida, encontrei uma casa temporária. O dono desta casa está voltando em uma semana por isso vou precisar encontrar um novo lugar para morar em breve.

É fácil para mim enxergar essa viagem pelo labirinto em direção a minha nova casa como uma dificuldade ou ficar confusa a respeito de porque eu não fui levada diretamente para ela. Algumas vezes eu me julguei como se estivesse fazendo algo errado. No entanto, hoje percebo que a cada passo da minha jornada foi extremamente valiosa. Eu tive que falar com tantas pessoas novas na minha busca por uma casa. Ao longo do caminho, eu fiz alguns amigos queridos e aprendi muito com minhas experiências com eles. Se eu tivesse ido diretamente para minha casa logo quando cheguei pela primeira vez no Peru, eu teria gasto parte do meu tempo lá e perdido essas experiências valiosas, informações necessárias e novas conexões.

É por isso que temos de permanecer abertos o tempo todo e por isso precisamos nos lembrar que, como Seres Verdadeiros, nós realmente estamos na centro de HORA CERTA - LUGAR CERTO em todos os momentos, mesmo quando não sentimos que estamos.

Primeiras e Segundas Ondas e Pontes na Nova Paisagem em 2011.

OS PRIMEIRA ONDAS

Os Primeira Ondas são aquelas almas mais velhas que estão neste planeta por um tempo muito longo. Eles vieram aqui sob o número 11 para Ancorar o Novo. Eles têm muita experiência na Terra e acumularam uma abundância de sabedoria e conhecimento.

Quando os Primeiras Ondas chegam pela primeira vez no Novo Mundo, pode ser bastante desafiador. De repente, a sua mestria bem desenvolvida não é mais eficaz. Eles não têm mais a sensação de estar no controle, e ao contrário, precisam aprender a ouvir e estar abertos a novos métodos. Mesmo que eles estejam acostumados a viver e trabalhar sozinhos, ficar sozinho já não parece certo. É hora deles estarem em torno de muitas pessoas. Embora eles estejam se movendo muito além de suas zonas de conforto, eles gostam de explorar a nova paisagem. Agora que eles concluíram o seu velho propósito de Ancorar o Novo, eles estão totalmente prontos para se reinventar e abraçar o seu Novo Propósito. Eles não iriam voltar para seus antigos mundos, mesmo se eles ganhassem passagens gratuitas na Primeira Classe!

PONTES

Pontes contém uma combinação das duas Ondas. Alguns Pontes estão mais profundamente alinhados com a Primeira Onda, enquanto outros estão mais alinhadas com a Segunda Onda. Eles pertencem ao Número Mestre 33.

Pontes tem trabalhado arduamente em segundo plano criando novos conceitos de maior eficácia que facilitam a comunicação e criam arte. Os resultados disso serão vistos em 2011. Pontes são o grupo que têm mais problemas com a mudança de paisagens exteriores, uma vez que se sentem inseguros em situações que são abertas, indefinidas, incertas financeiramente ou sem regras estabelecidas. É claro que, emergir em um Novo Mundo é entrar em uma situação que está aberta e indefinida. Isso muitas vezes os faz sentir inseguros, com medo e oprimidos. Alguns deles podem até pensar em ficar na sua velha realidade, limitada e obsoleta.

Nesse novo cenário, é útil para Pontes se familiarizarem com pequenas áreas bem definidas. Isso fará com que eles se sintam mais confortáveis. Estas poderiam ser as atividades físicas em que eles podem rapidamente desenvolver especialidades. Isto dá-lhes algum conforto necessário e a confiança que lhes permita dominar mais e mais áreas da nova paisagem.

OS SEGUNDA ONDAS

Os Segundas Ondas são almas novas que tiveram muito menos vidas na Terra. Eles vieram sob o número 22 para construir o novo. Eles têm uma abundância de energia nova e novas idéias e estão impacientes para criar o Novo Mundo.

Os Segunda Onda já entraram em ação. Eles estão ocupados finalizando coisas velhas, desenvolvendo suas habilidades e se preparando para ações maiores. Mas é importante que eles não fiquem tão empolgado por seu entusiasmo e vontade de entrar em ação, que se esqueçam de alterar quaisquer comportamentos antigos e inquietações que precisam ser refinados ou transformados antes de poderem habitar totalmente a Nova Paisagem. Assim que isso for feito, eles serão capazes de entrar plenamente na Nova Paisagem e compartilhar seus dons imensos.

OS TERCEIRA ONDAS

Os Terceira Ondas vem de um mundo novo fresco. Eles chegam com plena consciência e muitas informações úteis de novos métodos e habilidades.

A nova Terceira Onda está cheia de confiança e entusiasmo. Agora, eles são como máquinas que estão se aquecendo para ficarem prontas para a ação. Eles estão vibrando com energia. Terceira Ondas estão preparando no nível criativo, embora isso às vezes possa mais parecer como jogar. No entanto, seu jogo é bastante impressionante. Seu propósito real será revelado no final deste ano.

Assim que os Terceira Ondas virem a Nova Paisagem, ele entram. Eles realmente amam o Novo Mundo que está nascendo e não têm problemas para se adaptar a ele. Seus problemas eram se adaptar ao mundo antigo, a nova Paisagem é o que eles estavam esperando.Quando eles se juntam com outros da Terceira Onda, suas ações criam uma nova geometria sagrada.

NOSSO NOVO PROPÓSITO

2011 traz a descoberta de um propósito totalmente novo que nós nem conhecíamos. A revelação de nosso Novo Propósito é possível porque agora estamos emergindo como Seres Verdadeiros. Nosso Novo Propósito não aparece como idéias ou conceitos - é mais como o sopro de uma brisa fresca. Mas no momento em que ele é sentido, sabemos que ele é Real e Verdadeiro. Quando tentamos ver o nosso novo objetivo mais claro para que possamos defini-lo, ele elusivamente escapa, mas as sensações permanecem. Se tentarmos aplicar os métodos antigos ou velhos conceitos para descrevê-lo, rapidamente veremos que nenhum deles se aplica. Nosso Novo Propósito é algo totalmente novo. Ele vem de muito além de nossas percepções presentes. Cada vez que a brisa fresca de nosso Novo Propósito retorna, reconhecemos pelos sentimentos que ela evoca em nós e porque ativa a nossa sabedoria do que está por vir, mesmo se não podemos colocar isso em palavras.

Quando temos um vislumbre do nosso Novo Propósito, isto se dá em um nível tão vasto e tão profundo que quase nos tira o fôlego. Mas não nos sentimos sobrecarregados. Isso porque isso é uma extensão muito natural de quem somos.

Nosso Novo Propósito poderá utilizar habilidades que não sabíamos que tínhamos. Ou habilidades que nós sabíamos que estavam dentro de nós, mas não as levamos muito a sério ou não as usamos muito. Elas podem ser habilidades que usamos para um hobby. Ou podemos pegar as nossas capacidades já bem desenvolvidos e aplicá-los de uma maneira totalmente nova que é muito mais criativa e divertida. Ou então podemos sentir que já basta de nossas antigas capacidades, decidimos desenvolver capacidades totalmente novas. A escolha é nossa. Nosso Novo Objetivo é totalmente novo e inesperado. Ele poderia nos levar para uma direção que nunca foi considerada. Podemos fazer algo que nunca tinha pensado em fazer. No entanto, quando encontramos o nosso Novo Propósito, é animador e fresco e parece incrivelmente certo.

Para descobrir o Novo Propósito, devemos, em primeiro lugar, nos tornar Seres Verdadeiros. Também devemos nos livrar de todos os pensamentos que não podemos fazer algo novo ou não podemos fazer algo que falhamos no passado. Estes pensamentos limitantes nos impedem de ver o nosso Novo Propósito, porque o nosso Novo Propósito não pode ser percebido através do filtro de "não posso". Sem esse filtro, somos capazes de ver inúmeras possibilidades que antes eram escondidas de nós.

Nosso Novo Propósito pode exigir que saíamos do nosso velho propósito, antes de podermos vê-lo. Nós definitivamente não vamos encontrá-lo ao pensar sobre ele. Nosso Novo Propósito pode aparecer como uma Idéia Louca vinda "do nada". Ele virá a nós quando estivermos profundamente na HORA CERTA - LUGAR CERTO.

TRILHANDO O CAMINHO DO AMOR

O caminho que percorremos para a Nova Paisagem é o Caminho do Amor. No Caminho do Amor, não precisamos de dar ou receber AMOR, nós simplesmente SOMOS AMOR. É o nosso estado natural de ser. Caminhar sobre o Caminho do Amor significa que nós levamos nosso amor em tudo que fazemos. Nós emanamos AMOR PURO E VERDADEIRO DO CORAÇÃO onde quer que estejamos. Isso não significa que gostamos de todos e de tudo, e isso não significa que temos que tolerar todos e tudo. Nós podemos emanar AMOR PURO E VERDADEIRO DO CORAÇÃO para a pessoa em frente de nós enquanto lhes dizemos que não queremos ficar perto dela. Isso não diminui o nosso amor.

Somente Seres Verdadeiros podem percorrer o Caminho do Amor. Mas também é verdade que o Caminho do Amor é o único caminho que os Seres Verdadeiros podem trilhar. Que outro caminho poderia haver?

Seres Verdadeiros desenvolvem a mestria sobre o Caminho do Amor. É o seu mais profundo desejo de interagir com outros seres no nível de AMOR PURO E VERDADEIRO DO CORAÇÃO, de um Ser Verdadeiro a um outro Ser Verdadeiro. No Caminho do Amor nos comunicamos com amor e honestidade. Nós não precisamos falar em um tom especial macio ou usar palavras floridas certas - nosso coração cru e aberto nos dirá como interagir com verdade em cada situação. Podemos concordar ou discordar, aceitar ou recusar, apoiar ou parar - qualquer ação ou reação vinda de AMOR PURO E VERDADEIRO DO CORAÇÃO é adequada. E mesmo quando a outra pessoa fica chateada com a nossa honestidade - em um nível mais profundo, irá finalmente entender.

A qualquer momento podemos esbarrar no Caminho do Amor. Podemos encontrar uma pessoa que acreditamos que nunca seríamos capazes de amar. Essas pessoas nos ajudam a aprofundar e fortalecer o nosso amor de uma forma que não teria sido possível sem elas. Às vezes, podemos sentir que não estamos mais no Caminho do Amor. Isto é, quando nos sentimos fechados, que o mundo é demais para nós e estamos tendo problemas para abrir o nosso coração para outras pessoas. Então, nós simplesmente paramos o que estamos fazendo e nós começamos a sorrir. Se você não pode apenas sorrir do nada, então lembre-se de uma situação agradável, uma pessoa amável ou uma sensação relacionada ao amor que você teve no passado. Preencha seu sorriso de amor e, em seguida, o envie para baixo para seu coração. Faça isso quantas vezes for necessário, normalmente você pode sentir o efeito depois de pouco tempo sorrindo.

No Caminho do Amor podemos encontrar desarmonias e dissidências. Nosso amor não é uma proteção contra as preocupações e as lutas dentro de nós ou com outras pessoas. É um equívoco do Caminho do Amor, quando pensamos que tudo dentro de nós e à nossa volta será harmônico e agradável, porque estamos no Caminho do Amor. Pode não ser mesmo deste jeito. Não é o "Amor e Luz" New Age, é REAL e VERDADEIRO.

Seres Verdadeiros caminham no Caminho do Amor sem esperar recompensas. Nós trilhamos o Caminho do Amor, simplesmente porque é o único caminho em que nos sentimos confortáveis e satisfeitos.

Conforme um número crescente de pessoas entre nós emergirem como Seres Verdadeiros, a ressonância do AMOR PURO E VERDADEIRO DO CORAÇÃO se tornará cada vez mais forte. Esse amor vai ligar as pessoas, como nunca antes. Muitos tipos diferentes de pessoas que não interagiam entre si antes, agora se entrelaçam na Unidade e Verdade. Este profundo amor será também a base para novas empresas criativas, que servirá ao UM. Este é o verdadeiro Ser Único em ação.

PANORAMA DE 2011

2011 é um ano muito muito poderoso! Se você pensa que houveram muitas mudanças no ano passado, apenas espere e veja o que vai acontecer este ano. 2010, parecerá calmo e tranquilo em relação a 2011. Este é um ano de NÃO QUEDA - NÃO RETORNO no qual o caminho para 'O Jeito que as Coisas Costumavam Ser' será desligado.

Em 2011, a Grande Roda do Destino irá girar. É um ano importante, que muitos de nós já há muito esperamos, com um senso de empolgação. É o ano do auge da nossa longa jornada 20 anos de transformação através do Portal 11:11. É por isso que as duas últimas Ativações de Portais do 11:11 acontecerão mais para frente ainda este ano. Isto irá anunciar o fim de um importante ciclo evolutivo muito longo.

Muitos de nós estamos com a sensação de que algo muito grande está por vir. E está. Mudanças dramáticas estarão acontecendo durante todo o ano. Este é o nosso último ano do ciclo de três anos de MUAs. (Mua é uma palavra do Tahiti que significa "No início, antes de mais nada." Isto significa o início de um ciclo evolutivo totalmente novo.)

O mundo da dualidade irá continuar a desmoronar. Mais camadas de corrupção e falta de integridade serão expostas. Tudo que é construído sobre bases falsas começará a desintegrar-se ou mudar. Precisamos estar preparados para alguns eventos chocantes. Estes irão acontecer em todo o mundo, mas devemos estar particularmente atenta dos Estados Unidos e na Europa, embora os eventos nestas duas áreas poderão não acontecer até 2012. Alterações climáticas drásticas vão continuar, assim como mudanças na Terra. Não é tanto uma questão do que vai acontecer, mas mais da forma como reagimos ao que acontece. Se permanecermos Seres Verdadeiros, tudo ficará bem.

Ao mesmo tempo em que a dualidade entra em colapso e que a Terra se reequilibra, haverá uma onda de AMOR e VERDADE. Um número crescente de pessoas que irão sair de seus antigos padrões, abraçar as mudanças e emergir como Seres Verdadeiros. Mais e mais pessoas começarão a habitar o Novo Mundo que está nascendo.

Este é o momento do nosso renascimento. O renascimento da humanidade. O renascimento da Verdade. O renascimento do Planeta Terra. O nosso encontro como UM SÓ SER. Todos os nascimentos podem ser confusos e sangrentos, mas eles são indispensáveis e cheios de milagres. Enquanto nós estamos no meio de nossas dores de parto, é importante lembrar que qualquer situação de instabilidade pode ser atenuado ou transformado instantaneamente. A dualidade vai desmoronar, mas ela não tem que acontecer com acontecimentos chocantes, mas também pode se transformar rapidamente e suavemente, simplesmente virando em algo alinhado com a Unidade.

2011 dá ênfase em entrarmos em nossas posições legítimas para as nossas Vidas Novas poderem começar. Se você não sente que está no seu lugar certo, descubra onde é seu lugar certo é vá para lá assim que puder. Não deixe que nada te impeça. Muitas pessoas estão preocupadas em um lugar que seja "seguro". Se você vai para onde o seu coração verdadeiro o leva a estar, você estará em seu lugar certo. Não precisa se preocupar com o que é "seguro", só sobre o que parece certo para nós. Seres Verdadeiros estão sempre na HORA CERTA - LUGAR CERTO.

É também um tempo para nos unirmos com outros Seres Verdadeiros. O tempo de ser eremitas solitários finalmente acabou. Nós estaremos interagindo com muitas pessoas novas este ano, de formas que ainda não podemos imaginar.

Durante todo o ano, nossos papéis estabelecidos estarão mudando. Por exemplo: Uma pessoa que já trabalhou em um escritório de repente, pode decidir se tornar um chef de cozinha, ou uma pessoa que sempre viveu na mesma cidade grande pode atravessar o mundo para uma pequena aldeia remota. Mas os papéis estão mudando em um nível mais profundo do que simplesmente uma mudança de profissão ou localização. Uma pessoa em uma posição de liderança pode deixar isso totalmente de lado para trabalhar com outros em um nível mais co-criativo. Alguém que sempre foi um seguidor de repente, pode assumir a responsabilidade de estar no comando. Muitos de nós irão mergulhar com boa vontade e entusiasmo em novas situações e novos papéis em que temos que aprender tudo do começo.

2011 exige eficiência e esforço, além da participação de nossos seres inteiros. Vai exigir coragem constante, porque vamos estar viajando, longe do Mapa do Conhecido e muito além dos limites anteriores de nossas zonas de conforto. Nós não vamos ter quaisquer guias ou mapas, exceto pela nossa sabedoria interna. Haverá muitas coisas que não entendemos e muito a aprender. Tudo isso será absolutamente novo para nós. E é exatamente isso o que vai torná-lo divertido e animador e por vezes desagradável e desgastante.

Podemos agora criar vidas exatamente como queremos, podemos recriar a nós mesmos. Nós podemos viver Vidas Verdadeiras como Seres Verdadeiros. Para isso, pegamos tudo o que somos, tudo que nós já fomos neste mundo e mais além, e trazemos tudo para o AQUI e AGORA EXPANDIDOS.

A primeira metade de 2011 terá o foco em ir para nossas posições corretas para que possamos emergir mais plenamente no Novo Mundo. Assim como estamos em uma posição, temos que aprender a navegar na nossa Nova Paisagem. Muitas vezes, a nova navegação vai parecer como se estivéssemos atravessando um labirinto sinuoso. As coisas não vão acontecer de forma direta e linear. Eles não vão acontecer da maneira que achamos que deveriam acontecer. No entanto, é exatamente essa difícil jornada através das esferas inexploradas do nosso Mundo Novo que nos dará a experiência perfeita, contatos privilegiados e mais informações necessárias. Às vezes, podemos nos sentir confusos ou sobrecarregados porque há tanto que nós ainda não entendemos. É preciso coragem constante e mais abertura do que nós já acessamos para entrar completamente no Novo Mundo.

O foco para a segunda metade de 2011 está em habitar plenamente o nosso Mundo Novo como Seres Verdadeiros vivendo uma Vida Verdadeira e alinhando com o nosso Novo Propósito como um Ser Único em ação. É aí quando a nossa Nova Vida começa oficialmente e a realização de nossos Sonhos mais Ousados se manifesta de maneiras que jamais imaginamos ser possível.
2011 é um ano intenso, cheio de poder de ação, avanços, colapsos, AMOR, coragem, clareza, esforço, eficiência, desafios, enorme transformação e esplendor total. Onde estamos e com quem estamos é muito importante. Se estivermos no nosso lugar certo com as pessoas certas, tudo será muito mais fácil e divertido. Este é o ano para começar a viver plenamente no AQUI e AGORA EXPANDIDOS porque isto está se tornando nossa realidade predominante e em breve será tudo que existe.

BEM VINDOS A 2011!